A identidade da mulher negra latinoamericana e seu papel na sociedade, muitas vezes negado na formação da cultura nacional, tem revelado a força necessária para confrontar a invisibilidade histórica e empoderar as mulheres.
A pobreza, a marginalização e o racismo impactam diretamente a vida dos 200 milhões de afrodescendentes da América Latina e do Caribe, principalmente as mulheres negras. Ainda há muito que fazer, principalmente no combate à violência e à desigualdade social, diante do aumento dos índices nos últimos anos.
O trabalho duro da mulher negra expresso no cotidiano é reflexo de um passado difícil, de servidão e opressão. Atualmente, as mulheres negras mostram que a força é uma característica que preenche as lacunas da fragilidade do mundo feminino, de fundo branco. Ainda, em um mundo de estereótipos da beleza, enraizados na cultura europeia, a aceitação do cabelo encaracolado, crespo, dos traços de matriz africana nas últimas décadas revelou o orgulho em ser negra.
A FASUBRA Sindical tem reforçado a abertura de espaços de discussão e diálogo para as mulheres. No último Encontro Nacional da Mulher Trabalhadora, realizado em maio de 2017, o empoderamento e disposição para a luta marcou o evento. Foram apresentadas 68 propostas pelos grupos de trabalho para fortalecer a atuação das mulheres nas entidades de base e na Federação.
Também foi instituído o Coletivo de Mulheres Negras da FASUBRA, que já conta com um grupo no aplicativo WhatsApp, com o objetivo de promover uma forma rápida de comunicação entre as mulheres negras da base da FASUBRA.
História
O Dia da Mulher Negra da América Latina e Caribe foi criado em 25 de julho de 1992, no primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo República Dominicana, considerado marco internacional da luta e da resistência da mulher negra.
No Brasil, a data foi instituída pela Lei 12.987 de 2014, como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, importante líder quilombola do século 18.
Benguela era casada com José Piolho, chefe do quilombo do Piolho ou Quariterê localizado nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso. Após a morte de Piolho, Tereza se tornou líder do quilombo.
Com a perseguição para captura dos negros fugitivos apoiado pelo governo, Tereza de Benguela foi presa numa emboscada e morreu por inanição após sua captura.
Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical
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