25 de Novembro - Dia Internacional contra a Não Violência a Mulher

A luta contra a violência a mulher

Datas como estas devem servir para que façamos uma reflexão da atualidade. Atualmente, apesar de toda a luta contra o machismo, a violência à mulher apresenta dados alarmantes. Segundo o Mapa de Violência a de 2015,85% das mulheres brasileiras têm medo de sofrer violência sexual, esta estatística comprova o grau de insegurança e impunidade que vivemos.

De todos os casos de violência registrados no Brasil 50,3% foram cometidos por familiares, sendo que em 33,2% destes casos, o crime foi praticado por parceiro ou ex. O Mapa revela ainda que o homicídio de mulheres negras aumentou 54% em 10 anos.

Aponta ainda que três em cada cinco mulheres jovens já sofreram violência em relacionamentos e que 37% das jovens também afirmam ter tido relação sexual sem preservativo por insistência do parceiro. Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica.

Feminicídio

O feminicídio no Brasil, segundo dados do IPEA, é assustador, estima-se que ocorreram mais de 50 mil homicídios entre 2001 a 2011,ou seja, em média 5.664 mortes de mulheres por causas violentas a cada ano. Saber que, segundo o IPEA, a cada 11 minutos um caso de estupro é notificado, e que isto representa apenas 30% a 35% dos casos que são registrados, é alarmante.

A Lei Maria da Penha e a luta cotidiana contra o machismo

Está provado estatisticamente que a Lei Maria da Penha não resolveu o grave problema da violência à mulher no nosso país. É preciso reconhecer que ela tem sua importância nesta batalha cotidiana contra o machismo.

Portanto, principalmente agora, que estamos lutando contra o arrocho fiscal, que congela repasse para Saúde e Educação através da PEC 55/16 que retira direitos conquistados, precisamos seguir reivindicando investimentos nas Políticas Públicas.  Só desta maneira a Lei Maria da Penha ou qualquer outra lei que vise combater a violência à mulher, terá condições de cumprir o papel que se destina.

25 de novembro como o “Dia da Não Violência Contra a Mulher”

A data foi instituída por organizações de mulheres de todo o mundo, reunidas em Bogotá na Colômbia, em 1981. A partir daí, esta data passou a ser conhecida como o “Dia Latino Americano da Não Violência Contra a Mulher”.

Em 1999, a Assembleia Geral da ONU proclama o dia 25 como o ”Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher” a fim de estimular que governos e sociedade civil organizações nacionais e internacionais realizem eventos anuais, para extinguir a violência que destrói a vida de mulheres, considerado um dos grandes desafios na área dos direitos humanos.

A CAMPANHA MUNDIAL DE COMBATE A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES se estende até o dia  10 de dezembro, "Dia Internacional dos Direitos Humanos".

A agressão contra a mulher passa a ser um problema mundial que não distingue cor, classe social nem raça, é maléfica, absurda e injustificável!! Essa Campanha tem como objetivos revelar a dimensão do feminicídio e denunciar o aumento do número de casos de mortes de mulheres por razões de gênero. Chamar a atenção sobre índices e ausência de registros confiáveis, estimular a informação sobre o feminicídio e atuar contra a impunidade.

 Origem da data

No Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe realizado em Bogotá, Colômbia, em 1981,foi aprovada esta data em homenagem às irmãs Mirabal.

Las Mariposas, como eram conhecidas as irmãs Mirabal – Patria, Minerva e Maria Teresa – foram brutalmente assassinadas pelo ditador Trujillo em 25 de novembro de 1960 na República Dominicana.

Neste dia, as três irmãs regressavam de Puerto Plata, onde seus maridos se encontravam presos. Elas foram detidas na estrada e foram assassinadas por agentes do governo militar. A ditadura tirânica simulou um acidente.

Minerva e Maria Teresa foram presas por diversas vezes no período de 1949 a 1960. Minerva usava o codinome “Mariposa” no exercício de sua militância política clandestina. Elas lutavam por soluções para problemas sociais de seu país. Este horroroso assassinato produziu o rechaço geral da comunidade nacional e internacional em relação ao governo dominicano, e acelerou a queda do ditador Rafael Leônidas Trujillo.

A nós, trabalhadoras e trabalhadores cabe a tarefa de impulsionar esta luta contra a violência a mulher cotidianamente. Nossas bandeiras têm que estar em todos os atos e atividades que estivermos presentes. Na greve, a luta contra o machismo tem que ser diária. Só com muita resistência vamos mudar a realidade de extermínio as mulheres, que os dados estatísticos nos apesentam.

A tarefa de fazer a luta contra a violência à mulher deve ser de homens e mulheres, juntos na luta contra o machismo.

 

Direção Nacional FASUBRA Sindical