De 1969 em Stonewall até os dias atuais a luta por igualdade de direitos da população LGBT no mundo e a construção do sentimento coletivo de orgulho em ser diverso tem enfrentado muitos desafios, com várias batalhas vencidas e muitas ainda a serem ultrapassadas!
Conseguimos convencer o mundo de que ser homossexual também faz parte da natureza humana, por isso, não pode ser considerado uma doença: em 1990 a Organização Mundial da Saúde reconheceu isso.
A África do Sul tornou-se o primeiro país no mundo a incluir na sua Constituição, em 1996, a livre orientação sexual como um direito humano fundamental. Essa luta ainda travamos na Organização das Nações Unidas que em 2011 reconheceu no seu conselho de Direitos Humanos os direitos da população LGBT. Porém, ainda não há a aprovação da Assembleia Geral da ONU para incluir de fato esse direito na Declaração Universal dos Direitos Humanos, bem como uma resolução que obriga seus países membros a descriminalizar a homossexualidade.
Por esse motivo ainda há muitos países que de alguma forma criminalizam os LGBT e ainda nos privam dos mesmos direitos que gozam os demais cidadãos. Nesse sentido, movimentos sociais no mundo todo e o movimento sindical tem travado uma batalha em diversos fóruns, afim de estabelecer parcerias e unir forças para a garantia de direitos e lutar também contra o preconceito, a homofobia.
A FASUBRA Sindical se insere mais ativamente nesta luta quando em seu último Congresso inclui essa temática de forma específica no nosso Plano de Lutas: o que proporcionou a Federação conquistar uma vaga na suplência do Conselho nacional de Combate a Discriminação LGBT (CNCD LGBT), integrar os Comitês LGBT da Internacional de Serviços Públicos (ISP) para o Brasil e para as Américas e lançar a Campanha LGBT é de LUTA Unidade na Diversidade.
Nesse sentido, o Comitê LGBT Nacional da ISP Brasil: fez campanhas educativas entre as entidades afiliadas; sugeriu temas possíveis de ser incluídos em acordos coletivos que contemplem também @s trabalhador@s LGBT; estabeleceu metas a serem alcançadas por suas entidades filiadas; participou de uma Conferência Mundial de Direitos Humanos, na qual teve a oportunidade de se reunir representando a ISP com a Internacional da Educação (IE) e militantes sindicalistas de várias partes do mundo para estabelecer parcerias e projetos a serem conduzidos em conjunto; Aprovou adendos na Carta de Antuérpia sobre luta travada pelos sindicatos na conquista de diretos de tod@s @s Trabalhador@s, inclusive @s LGBT; Propôs e conseguiu criar o Comitê Regional LGBT da ISP Américas.
A luta da população LGBT no Brasil também tem avançado. Aqui conquistamos: duas Conferências Nacionais para a construção de Políticas Públicas para a população LGBT; o programa Brasil sem Homofobia, incluímos as Paradas Gay na agenda de muitas cidades e editais para financiá-las; o nome social de pessoas transexuais reconhecidos no executivo federal e em vários estados; a união civil de pessoas do mesmo sexo; a instalação do CNCD LGBT; inclusão no Disque 100; Política Nacional de Saúde LGBT. Todas essas conquistas foram apenas nos últimos dez anos!
Mesmo com todas essas conquistas ainda há muito para ser feito, pois a homofobia e o conservadorismo têm crescido e aumentando sua representação nos espaços de poder. Dessa forma nossa batalha diária em nossa entidade sindical é convencermos mais trabalhador@s que lutas pelos direitos de LGBT é também lutas pelos direitos de tod@s. Por isso, essa luta vai desde garantir o direito a vida e a liberdade, combater preconceitos até direitos trabalhistas de fato. Há muito a ser feito e a cada batalha vencida reforçamos nossa convicção de que cada dia mais precisamos evidenciar o Orgulho de ser Gay o Orgulho de ser LGBT!
Fonte: www.fasubra.org.br