Os estudantes da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) fizeram uma manifestação na manhã desta quarta-feira (19) em frente à reitoria para reivindicar valor mais baixo nas refeições do RU (Restaurante Universitário) dentro outras necessidades que consideram essenciais. A Reitoria dispensou os funcionários, antes do início da manifestação.
Uma das coordenadoras do movimento, Marina Duarte, 20 anos, estudante de Comunição, explica que o objetivo do manifesto é chamar a atenção da universidade para as necessidades dos estudantes e mostrar que assistência não é caridade. “R$ 6,60 para uma refeição em um restaurante universitário é um absurdo. Esse restaurante ser controlado pela iniciativa privada é outro absurdo, porque o setor público não gere isso?”, questiona.
A estudante revela que além do custo da refeição, considerado abusivo pelos estudantes, os acadêmicos precisam de moradia, de material de ensino, de que o Orçamento da universidade seja usado também para garantir as necessidades dos alunos e a permanência deles nos cursos. “Temos uma evasão muito grande, porque muitos alunos não conseguem permanecer estudando devido aos custos. Se tivéssemos o que nos é garantido, moradia e alimento, seria diferente”, critica.
Cursando engenharia elétrica, Thales Augusto Bernardes, 20 anos, diz que R$ 6,60 pode parecer o valor pequeno diante do preço de outros restaurantes, mas para os acadêmicos que vivem com orçamento apertado o valor é alto. “Em outras universidades cobram-se R$ 1,50, R$ 2,00. Aqui é muito alto”, reverbera.
Colega de curso de Thales, Lurian de Lourdes Fluxo, 23 anos, reclama que além do valor alto, os estudantes que buscam os subsídios oferecidos pela universidade aos alunos carentes precisam passar por um processo humilhante e burocrático. “Ter que provar que é carente, por algo que deveríamos ter é muito humilhante”, reclama.
A reitoria dispensou todos os funcionários. E ninguém, a principio, vai receber os estudantes para tratar das reivindicações. “Ninguém ficou na reitoria. Até as faxineiras foram dispensadas”, conta um funcionário da universidade que passava pelo local. (Fonte: Mayara Sá/ Midiamax.com.br)