Os alunos das Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) estão protestando pelos corredores devido à suspensão das eleições para diretor da faculdade destes cursos, a Faeng, que seria nesta sexta-feira (21), a partir das 7h30. Nem mesmo um dos candidatos a diretor foi avisado.
A suspensão foi determinada pelo presidente da Comissão Eleitoral, professor Robin Pereira Kosloske, porém ele sequer foi trabalhar hoje e ninguém consegue contato com ele, nem mesmo a reportagem para averiguar os motivos.
Para a disputa havia dois candidatos, o engenheiro eletricista Amâncio Rodrigues da Silva Júnior, que já está há oito anos no cargo e o também engenheiro eletricista, João Onofre Pereira Pinto.
Segundo João Onofre, ele sequer foi avisado que as eleições seriam suspensas. O professor entrou na Justiça para que Amâncio não pudesse concorrer, visto que, segundo ele, o estatuto da UFMS determina que o mesmo candidato só pode ser eleito uma vez e reconduzido ao cargo também apenas uma vez.
Com a liminar em mãos, João Onofre mostrou que provou ao juiz que Amâncio, que é candidato apoiado pela atual reitoria, estaria assumindo pela terceira vez o cargo. Para tanto, a Justiça mandou retirar o nome do professor Amâncio das cédulas de votação e com isso a Comissão Eleitoral não cumpriu e ainda suspendeu a eleição.
“Isso foi uma manobra para perpetuar o Amâncio no poder”, disse Onofre. Segundo ele, o presidente da Comissão nunca o chamou para conversar e que ontem (20) haveria tido uma reunião entre a Comissão com suposta participação de Amâncio.
“Por isso Robin nem veio trabalhar, ele sumiu, isso é uma manobra com certeza. É um desrespeito absoluto de descumprimento às leis que não é de hoje”, concluiu João Onofre.
Para a estudante de Engenharia Elétrica, Renata Rezende, o protesto que tomou conta dos corredores da universidade, é pelo direito de voto. “Isso é um desrespeito com a gente. À tarde vamos continuar”, afirmou a jovem que também é presidente do Centro Acadêmico da Faeng.
De acordo com o também estudante de Engenharia Elétrica, Guilherme Paraná, não cumprir uma ordem judicial é crime. “Além do que o Amâncio nunca apareceu em debate, nunca falou com a gente e a faculdade também é dos alunos e não só dos professores, reitores ou técnicos”, alegou.
Minamar Junior |
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Os universitários protestaram por toda a universidade, com bumbos, gritos de guerra, palavras de ordem como “queremos eleição, golpe de novo não”, até ao chegar até à reitoria, onde não foram atendidos pela reitora Célia Maria Oliveira, pois segundo a assessoria, ela não estava na universidade no momento.
(Fonte: Midiamax.com.br/Fernanda Kintschner e Diana Gaúna)Mais noticias sobre o assunto no link abaixo:
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