1 de Abril de 2022 às 12:48
Após pressão, governo recua e recebe entidades do funcionalismo federal
Representantes das entidades que compõem o FONASEFE (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais), entre eles a FASUBRA Sindical, foram recebidos, nesta terça-feira (22/03), por secretários do governo para tratar da campanha salarial emergencial das trabalhadoras e trabalhadores do serviço público federal (19,99% JÁ). A reunião acontece após dois meses de mobilização e um dia antes da deflagração da GREVE por tempo indeterminado das categorias.
A reunião foi realizada no Ministério da Economia – Bloco C, e participaram pelo governo os secretários: José Borges de Carvalho Filho, coordenador-geral de Negociação Sindical no Serviço Público e diretor interino de Relações de Trabalho do Ministério da Economia e o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal, Leonardo José Matos Sultani. Da FASUBRA estavam presentes Antonio Alves (Toninho) e Rosângela Costa.
De acordo com o coordenador-geral da Federação Toninho, a reunião de hoje apontou a necessidade de abertura de uma mesa de negociação para discutir a reivindicação principal das entidades do FONASEFE, que é o aumento de 19,99%. “As entidades cobraram uma posição do Ministério da Economia sobre a necessidade real da abertura de uma mesa de negociação. O secretário (Borges) respondeu que dialogará com parte do governo para que a mesa possa ser concretizada e retornará ao FONASEFE no dia 1º de abril com uma resposta decisiva”, afirmou.
Segundo a coordenadora da Mulher Trabalhadora Rosângela Costa, foi cobrado do governo coerência e respeito às trabalhadoras e aos trabalhadores do serviço público. “Não vamos permitir que nosso povo seja jogado na miséria para morrer à míngua, como foi feito no Brasil durante a pandemia”, criticou. Para Rosângela, é fundamental a unidade e as entidades que puderem enviar representantes nos próximos dias à Brasília será ótimo, a exemplo da campanha da PEC 32.
A Direção Nacional da FASUBRA mantém semanalmente, em Brasília, uma representação que vem acompanhando a vigília no Ministério da Economia (Bloco P). A coordenadora de Comunicação Melissa Campos também reforçou a importância da participação das bases nos próximos dias na capital. “Dias 28, 29 e 30 vão ser muito importantes para que a gente consiga de fato essa mesa salarial”. Naara Aragão, da Coordenação da Mulher Trabalhadora, lembrou a necessidade de aumentar a mobilização não só em Brasília, mas nos estados.
“Essa reunião foi fruto da mobilização que fazemos todos os dias e, principalmente, de quem está na base. Gosto de fazer uma analogia, a de que ‘governo e feijão, só amolece se tiver pressão’. Esse é o recado, é preciso cobrar nos estados, cobrar os(as) deputados(as). Nossa vitória será do tamanho da nossa luta. Quem não lutar, não vai conseguir nada”, destacou o coordenador Jurídico e Relações do Trabalho.
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Foto: Apoena Faria – Asfoc-SN
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