16 de Agosto de 2019 às 11:20

Ciro Gomes vem a MS, critica Bolsonaro e prevê que tempos difíceis virão para as universidades públicas e pede união de todos em torno do sindicato

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O vice-presidente nacional do PDT, Ciro Gomes, chegou a Campo Grande disparando críticas ao governo Bolsonaro. Classificou o presidente da República de “idiota”, "vagabundo" e cobrou uma ação dos militares e ministros que compõem a administração federal para que o façam “parar de falar bobagens, constranger o país e ir trabalhar”.

Ciro Gomes, candidato à presidência em 2018, veio a Campo Grande para ministrar palestra “As reformas econômicas e sociais e a retomada do crescimento”, no Teatro Glauce Rocha, na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Antes, falou com a imprensa e salvou apenas uma medida do governo como positiva. “O resto é um desastre”, disse.

Ao lado de sindicalistas, entre eles a coordenação do SISTA-MS, representada pela coordenadora geral, Cléo Gomes, e direção da ADUFMS  e Fetems, Ciro teceu ainda duras críticas ao Governo pelo que vem fazendo com as universidades federais. O corte de verbas, segundo ele, não deveria ocorrer. “Pelo contrário, o governo deveria investir muito mais nas universidades públicas brasileiras para fomentar a pesquisa, o conhecimento”.

Ele prevê tempos difíceis para as universidades públicas e pede o empenho de todos em torno da luta sindical, indo para as ruas para denunciar as mazelas que o Governo está fazendo com  o ensino público superior no país. “Todos devem se unir mais aos sindicatos para levar essa luta para as ruas.  Se não for assim, perderemos”, afirmou.

Segundo ele, a única medida positiva deste governo foi a transferência de lideranças de facções criminosas a unidades federais, retirando do sistema carcerário comum de São Paulo ou Rio de Janeiro.

De resto, nada salva. “Educaçãosaúde e segurança têm a pior execução do Orçamento dos últimos anos”, citando como exemplo que, em sete meses, segurança usou apenas 6,5% dos recursos disponíveis.

Na economia, citou o número de desempregados, 14 milhões, índice desatualizado. Ontem, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgou que contingente de pessoas sem carteira chega a 12,8 milhões de pessoas e que, destes, 3,347 milhões procuram trabalho há, no mínimo, dois anos.

Gomes diz que as declarações de Bolsonaro só atrapalham o país. “Todo dia o presidente cria problema com palavras vulgares e chulas, interferindo em processos eleitores, como na Argentina”, avaliou.
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