Integrantes da Direção Nacional defendem a implantação da jornada, que trará a ampliação do horário de atendimento e benefícios para as instituições. Dirigentes têm posição contrária aos turnos contínuos.
O Comando Nacional de Greve da FASUBRA Sindical solicitou apoio à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), na tarde desta quarta, 26, para intermediar as negociações com o governo federal. A reunião dos reitores aconteceu na sede da ANDIFES e na ocasião, a representação da FASUBRA defendeu a constituição de portaria que normatize a implantação de turnos contínuos nas Instituições Federais de Ensino. A portaria é resultado do trabalho conjunto entre FASUBRA e Ministério da Educação (MEC), decorrente da negociação da pauta da greve nacional dos Técnico-Administrativos em Educação da base da Federação.
A presidente da ANDIFES, Maria Lúcia Cavalli Neder, declarou apoio e respeito aos direitos dos trabalhadores em greve. Afirmou que “a ANDIFES tem buscado todos os espaços no sentido de pedir que se coloque todo empenho para que haja uma resolução”. Informou ainda que, nas cinco reuniões realizadas com o MEC, com o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, com a Frente Parlamentar Mista pela valorização das universidades federais e nos encontros com deputados e senadores, “temos batido forte no sentido de que vocês possam ser atendidos o mais rápido possível, obviamente dentro daquilo que a negociação permite ser realizado”.
Jornada de turnos contínuos
A FASUBRA defendeu que a implantação da jornada de turnos contínuos por meio de constituição da portaria não seria para criar dificuldades com os reitores, mas para orientação, “porque muitos reitores acreditam que as 30 horas não era legal juridicamente”, afirmou a representação da FASUBRA. A Federação acredita que a jornada de turnos contínuos vai melhorar o atendimento na universidade, principalmente para os cursos noturnos, hoje são os mais prejudicados pela falta de estrutura adequada para o atendimento do aluno, bem como pela melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores.
Parte dos reitores já fazem a discussão e, em algumas universidades, há implementação das 30 horas. A finalidade da FASUBRA é que todas as questões jurídicas sejam esclarecidas por meio de portaria para orientar reitores e sindicatos de base. No caso da reunião agendada com a representação da FASUBRA no dia 24 de agosto, segundo a Secretaria de Ensino Superior (SESu), o motivo do adiamento teria sido a intervenção da ANDIFES, que solicitou acesso ao conteúdo da portaria. A Federação esclareceu que o intuito da portaria é facilitar a discussão referente às 30 horas.
Manifestação da ANDIFES
“Vocês já sabem da posição da ANDIFES, nós somos contra as 30 horas!”, disse a presidente da entidade, em seu discurso. Afirmou, ainda, que há possibilidade de discutir a questão dos turnos contínuos de acordo com a legislação. Do ponto de vista legal, Maria Lúcia declarou que “tudo o que estiver dentro da lei estaremos endossando e realizando”. Sublinhou que a normatização seja feita por meio de nota ou portaria e que será muito bem-vinda para os reitores, desde que não fira a legislação e não comprometa a gestão do ponto de vista da improbidade administrativa.
A presidente da ANDIFES lembrou também que, na reunião realizada pela manhã com os representantes do Ministério da Educação, foi solicitado que no encontro a ser realizado, nesta quinta, 27, entre FASUBRA e MEC sejam feitos os encaminhamentos necessários para o retorno às atividades.
(Fonte: Fasubra)