A comissão especial da
reforma da Previdência rejeitou poupar os professores do endurecimento de
regras de aposentadoria.
Por 30 votos a 18, o colegiado derrubou a tentativa do PL, partido independente ao governo, e que queria manter os critérios de aposentadoria atualmente em vigor para
profissionais do sistema de ensino.
Hoje, não há idade mínima para professores da rede privada se aposentarem, mas apenas a exigência de 25 anos, se mulher, e 30 anos, se homem, de tempo de contribuição.
Na rede pública de ensino, a regra é diferente: há uma idade mínima —50 anos (mulher) e 55 anos (homem).
O presidente
Jair Bolsonaro propôs que professores teriam que completar 60 anos de idade para se aposentar.
Por pressão de partidos, o relator da reforma da Previdência na Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP),
suavizou essa proposta.
Ele passou a prever que professoras poderiam se aposentar com 57 anos, mas manteve a idade mínima de 60 anos para professores.
O PL queria que a reforma da Previdência não incluísse medidas mais duras para professores e professoras. Mas, por maioria, a comissão rejeitou a alteração proposta pelo partido.
Apesar da derrota, o PL poderá tentar novamente poupar a categoria na votação da reforma no plenário da Câmara.
Depois que a
análise da reforma da Previdência for concluída na comissão, o texto segue para o plenário e pode ser alterado com apoio de 308 dos 513 deputados.