Clima de dúvidas e constrangimento na aprovação da adesão a EBSERH no Conselho Diretivo do HU/UFMS
O Conselho Diretivo do HU/UFMS, com maioria absoluta formada por pessoas que detém cargos comissionados da administração, votou pela adesão a EBSERH. Mesmo em dúvida, expressada nos depoimentos durante a reunião, os membros do conselho votaram pela adesão, ignorando os apelos de técnicos do HU presentes, da coordenação do SISTA/MS e também da representação do DCE e estudante de medicina.
Artemisia Almeida, técnica do HU, manifesta sua preocupação com decisão do Conselho
O resultado pela adesão foi 12 votos contra 4 e não houve comemoração, pois era visível o constrangimento dos conselheiros de aprovar um sistema de gestão que eles não conhecem e nem foi implantado em nenhum hospital universitário até o momento. O próprio diretor do HU demonstrou sua preocupação com a empresa, que em seu organograma – por enquanto a EBSERH só existe no papel – deixa as direções dos Hus fora de seu conselho de administração.
Visual de decepção de técnicos e etudantes presentes após o voto dos membros do Conselho Diretivo
SINALIZAÇÃO
A votação do Conselho Direito do HU representa apenas um aceno em relação a implantação da empresa, pois quem define pela assinatura ou não da carta de intenções é o Conselho Universitário (COUN), dentro do preceito constitucional de autonomia da universidade. O trabalho agora do movimento contrário a implantação da EBSERH vai se concentrar junto aos membros do COUN, que se reúne semestralmente e é composto por representantes de todos os segmentos da instituição.
Lucivaldo Santos reafirma disposição do SISTA/MS eM continuar a luta contra a implantação da EBSERH nos hospitais universitários de MS
O coordenador geral do SISTA/MS, Lucivaldo Alves dos Santos, disse que a entidade continuará mobilizada e mantém sua posição contrária a implantação da empresa. "Vamos fazer todo o esforço para sensibilizar os conselheiros do COUN para que tome uma decisão pensando no futuro e não apenas em questões funcionais do presente, pois seus filhos e netos podem ser os trabalhadores do hospital daqui alguns anos. A decisão de agora pode refletir lá na frente", comentou o dirigente.