6 de Setembro de 2013 às 16:21

Deputado se reune com Ministro da Educação e cobra solução para 'caos' na UFMS

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O deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT) esteve nesta quinta-feira (5) com o Ministro da Educação, Aluizio Mercadante e cobrou um posicionamento para ‘a caótica situação administrativa da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)’. O senador Delcídio Amaral também participou da reunião. A administração da reitora, Célia Maria Oliveira sofre uma onda de protestos movidos por acadêmicos e servidores após série de escândalos.
Durante a audiência, Biffi relatou a Mercadante a atual situação de caos instalada na UFMS. O deputado disse que se sente preocupado com os descaminhos de uma Instituição com o porte da universidade sul-mato-grossense.
“Mais uma vez, externei ao ministro a minha preocupação com os descaminhos a que a UFMS, infelizmente, tem sido conduzida pela atual gestão, que, além de demonstrar incompetência administrativa, é alvo de dezenas de processos por improbidade”, frisou Biffi.
O parlamentar lembrou ao ministro que inclusive o MPF (Ministério Público Federal) possui mais de 20 inquéritos abertos contra a Reitoria da UFMS.
“A situação é muito grave. As denúncias vão desde nomeação irregular, quadro deficitário de professores, acúmulo de cargos, irregularidades em procedimentos cirúrgicos e pós-operatório realizados no Hospital Universitário, até fraude em pregões eletrônicos, desvio de verbas, superfaturamento e emissão de nota em nome da Universidade em favor de empresa terceirizada”, disparou o deputado.
Estudantes e servidores estão inconformados com a manutenção da reitora no cargo, após série de escândalos revelados na Operação Sangue Frio, da Polícia Federal e o descaso com quem vem sendo tratados pela atual administração.
Há pelo menos uma semana o prédio da reitoria permanece invadido por acadêmicos e os técnico administrativos, por meio do sindicato, fizeram uma manifestação e publicaram uma moção de indignação contra atos praticados por Célia.
Operação Sangue Frio
Desencadeada pela Polícia Federal, a Operação Sangue Frio fez o que poucos esperavam: derrubou os 'intocáveis'. O primeiro a cair foi Adalberto Siufi. O médico, então diretor presidente do Hospital do Câncer, que leva o nome de Alfredo Abrão, se viu envolvido em graves acusações de desvio de verbas e contratos irregulares.
Depois de Adalberto Siufi, foi a vez da queda de José Carlos Dorsa. O até então “todo-poderoso” do HU/UFMS foi afastado no dia 20 de março, um dia depois da Operação Sangue Frio. Além dele, outras três pessoas foram destituídas de seus cargos.
No HU, as denúncias são muitas, como direcionamento de licitação, sobrepreço, superfaturamento, duplicidade de pagamentos e terceirização indevida.
Também, a radioterapia fez, supostamente, parte do desmanche da saúde estadual. O setor parou de atender em 2008. De lá pra cá os atendimentos foram todos concentrados pela Câmara Inter-Hospitalar. Segundo a Secretaria de Saúde, a Câmara Técnica é composta por diretores clínicos e diretores gerais dos três hospitais – Hospital Universitário, Santa Casa e Hospital Regional – e pelos gestores do município de Campo Grande e do Estado.
O ortopedista Claudio Wanderley Luz Saab foi o escolhido para substituir Dorsa, mesmo tendo uma nota 45 na última avaliação de desempenho da UFMS, em uma escala que vai até 100. Dorsa, porém, ainda comandaria o HU “por baixo dos panos”, conforme várias denúncias recebidas pelo Midiamax.
Pouco menos de quatro meses depois da Operação Sangue Frio, foi a vez da secretária estadual de saúde, Beatriz Dobashi e o direotr presidente do Hospital Regional, Ronaldo Perches serem envolvidos de vez nos escândalos da saúde do estado. Escutas da PF revelaram articulações dos dois, juntamente com Dorsa e Siufi, para negar a vinda de aceleradores lineares.
A Operação continua em andamento. Até o momento não houve condenações.
(Fonte:midiamax.com.br)
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