16 de Abril de 2013 às 18:49

DITADURA NA UFMS: ADMINISTRAÇÃO FECHA REITORIA E IMPEDE ACESSO DE TRABALHADORES, ESTUDANTES E IMPRENSA A UM LOCAL PÚBLICO

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Público barrado na porta da Reitoria protesta contra autoritarismo na UFMS
Dirigentes sindicais da do SISTA e dos sindicatos da Saúde e da Previdência também foram vítimas da truculência
Uma Reitoria fechada, sem ser feriado e nem ponto facultativo. O motivo: uma freunião do Conselho Universitário da UFMS. Por conta das votações na Sala de Atos, que fica anexo à recepção da Reitoria, a Administração da Universidade fechou as portas e colocou o corpo de vigilantes como escudo de manifestantes, a maioria estudantes.
Lucivaldo, representante do SISTA no COUN tenta, mas não consegue, negociar entrada de dirigentes sindicais e da imprensa
Coordenação do SISTA condena, na imprensa, EBSERH e postura autoritária da administração da UFMS


O ato, além de autoritário, deixou transparecer que a Reitoria tinha algo muito grave a esconder. Os estudantes, motivo da existência de qualquer instituição de ensino, foram barrados na porta, a mesma coisa acontecendo com trabalhadores da Universidade e dos meios de comunicação.
A ordem era para entrar apenas conselheiros. Acontece que a recepção da Reitoria é um espaço livre e, naquele local, não acontecia nenhuma reunião. Ou seja, a administração fez sua própria lei, impedindo acesso do público a um local público. Quem tinha algum documento para protocolar na Reitoria, ficou prejudicado em função da arbitrariedade.
Estudantes chamaram polícia para garantir acesso deles a um local público, que é a recepção da Reitoria: tentativa em vão
Estudante negociando com delegado Fernando Nogueira (Fadir), membro do COUN, para garantir acesso à Reitoria: nada feito
A confusão provocada por este ato que ressuscitou os tempos obscuros da ditadura, motivou a presença dos principais veículos de comunicação do Estado à Reitoria da UFMS. Sem poder mostrar o que estava acontecendo lá dentro, os profissionais reportaram a revolta dos manifestantes.
Infelizmente, mais um triste capítulo promovido pela Administração da Universidade,  que deveria ser o topo do conhecimento e da convivência democrática de idéias.
VOTAÇÃO DA EBSERH
Estudante de Medicina tenta convencer conselheiros, dentro da Sala de Atos, a votarem contra EBSERH: apelos ignorados
Dos quase 60 membros no COUN, maioria vota na pressão e não na convicção, segundo representantes de técnicos e estudantes: servidão
O motivo da postura autoritária da Administração da UFMS foi em função da votação de um dos 14 pontos de pauta a reunião do Conselho Universitário (COUN), que previa a adesão do Hospital Universitário à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).
O advento desta empresa, segundo os trabalhadores e estudantes, é um duro golpe na função de hospital-escola que o HU’s desenvolvem, diminuindo também a influência da Universidade em seu comando. Em relação aos trabalhadores, a empresa vai neutralizar vantagens conquistadas e ainda aumentar a carga de trabalho.
COINCIDÊNCIA E VOTOS
Antes da votação no COUN, Administração fez repasse de veículos - entre eles vários onibus - às direções de centros e faculdades, membros de conselhos da Universidade: coincidência ou moeda de troca?
Todos os 14 pontos de pauta do COUN foi aprovado, de acordo com o interesse e orientação da Reitoria. Com a maioria dos conselheiros votando por pressão e não por convicção, as votações foram “atropeladas” (segundo os relatos dados pelos representantes dos estudantes e técnicos). A votação estava programada para, no mínimo, 8 horas de debate, mas tudo foi feito em menos de 4 horas.
Antes da reunião do COUN – ocorrida no período da tarde desta terça-feira, 16 de abril, aconteceu a reunião do Conselho Diretor e , coincidentemente, uma solenidade de entrega da carros e outros objetos às direções de centros acadêmicos, diretores de faculdades e diretores de unidades no interior.
O resultado? Dos quase 50 membros do Conselho – a maioria investida em cargos de confiança, sendo diretores de faculdades, coordenadores de curso, coordenadores administrativos ou pessoas ligadas a estes – apenas 6 tiveram a coragem e a hombridade de dizer não à EBSERH  e outros pontos polêmicos existentes na pauta da reunião. São eles: Lucivaldo Alves dos Santos e Valdevino Mateus Basílio, representante dos técnicos; Kassandhra Pereira Zolin e Mariana Duarte Ferreira Maidana, da representação dos estudantes; e os professores Ana Paula Werri, do Campus de Aquidauana, e Ronny Machado de Moraes, do Campus de Corumbá.
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