18 de Junho de 2013 às 17:38

"É insustentável a permanência da Reitora da UFMS no cargo", afirma a vereadora Luiza Ribeiro

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Luiza Ribeiro: "Reitora Célia  Oliveira e o vice-reitor  João Ricardo Tognini trabalham com o objetivo de sustentar interesses econômicos de grupos"

Após oitivas realizadas ontem na CPI da Saúde da Câmara Municipal de Campo Grande, ficou evidenciado que todo esquema para desarticular o serviço de radioterapia do Hospital Universitário (HU) e transferir os atendimentos para o Hospital do Câncer foi feito pelo ex-diretor José Carlos Dorsa com a conivência da Reitora, Célia Maria Silva Correa Oliveira e do Vice-Reitor  João Tognini, objetivando sustentar interesses econômicos de grupos de médicos ligados a essas pessoas, especialmente o médico Adalberto Siufi, dono da clínica particular  Neorad para onde os pacientes de radioterapia eram encaminhados.
“Além disso, ficou evidente que a Reitoria usa de pressões e até ameaças aos funcionários públicos lotados no HU, sendo certo, que inclusive a Médica Física Regina Prestes sofreu ameaças graves (de morte) tendo solicitado da CPI que viabilizasse junto à Polícia Federal proteção especial”, enfatizou a vereadora Luiza Ribeiro.
Pelos depoimentos prestados perante a CPI, conclui-se que a Reitora nada fez, embora tenha sempre recebido denúncias, sobre os descasos e desmandos perpetrados pelo Dr. Dorsa à frente do HU. “Para se ter ideia, apenas no final de mês de maio deste ano, foi publicada uma portaria que deu abertura ao processo administrativo para apurar as condutas do Dr. Dorsa, muito depois que as noticias sobre os desvios de recursos e outros abusos de poder vieram à tona pela imprensa e depois da presença do Ministro da Saúde em Campo Grande”, comenta a vereadora.
Segundo a Física Regina Prestes, o setor de radioterapia da UFMS ficou sem funcionar durante 5 anos porque Dr. Dorsa, com o aval da Reitora e do Vice-Reitor, tudo fizeram para impedir seu funcionamento.
“Houve contradições nos depoimentos da Reitora e dos demais técnicos ouvidos pela CPI. Sabemos que a eleição da reitora foi marcada por protestos dos acadêmicos e técnicos e que há ilegitimidade na gestão, por isso, entendemos que a comunidade acadêmica e que o Governo Federal através do Ministério da Educação devem ser manifestar no sentido de intervir na Reitoria da UFMS até que essas questões sejam definitivamente analisadas e sanadas”, afirmou a vereadora.
Luiza Ribeiro (PPS), que esteve presente nas audiências, entende ainda que “a Reitora Célia não reúne confiabilidade para manter-se no cargo. Contrariando o próprio Ministério da Saúde, a Reitora permitiu que o HU interrompesse, novamente, os serviços de radioterapia, deixando pacientes sem atendimento, mesmo tendo autorização para funcionamento expedida pela Vigilância Sanitária e pela Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN”.
Em 2012 quando foi reconduzida ao cargo de reitora, Célia Maria respondia a dezenas de processos de improbidade administrativa, na época, o MEC solicitou explicações sobre as irregularidades no processo de formação da lista tríplice e sobre as denúncias de irregularidades na administração.
Processos -No Ministério Público Federal foram abertos mais de 20 inquéritos civis públicos contra a UFMS que vão desde nomeação irregular, acúmulo de cargos e concessão irregular de bolsas até fraude em pregões eletrônicos, desvio de verbas, superfaturamento e emissão de nota em nome da Universidade em favor de empresa terceirizada.
Mobilizações - A vereadora Luiza Ribeiro acredita que os estudantes de Campo Grande, devem se movimentar no sentido de pedirem explicações e transparência na administração da UFMS que nos seus 11 campi atende mais de 15 mil alunos, com três mil técnicos e dois mil docentes e representa uma das mais importantes instituições de ensino superior do Centro-Oeste.
(Fonte: Marinete Pinheiro,  da Assessoria de imprensa da Vereadora) 
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