Os grupos de trabalho contaram com ampla participação no debate
No último dia do II Encontro Nacional de Educação, 18, técnicos administrativos, docentes e estudantes se dividiram em grupos de trabalho para debater os seguintes temas: trabalho e formação dos trabalhadores da educação, gênero, sexualidade, orientação sexual e questões étnico-racial, financiamento, avaliação, gestão e acesso e permanência.
A FASUBRA apresentou dois painéis com os temas "A luta pelo tempo: Jornada de trabalho nas Universidades e serviço público federal! ”, pelo coordenador geral Gibran Jordão e "Democratização das Instituições Federais de Ensino Superior: A Paridade é possível e necessária!", pelo coordenador de educação Mário Guimarães Júnior.
As discussões buscam aprofundar o debate sobre os temas e reunir elementos conceituais consistentes para elaborar um programa para cada setor.
Jornada de 30 horas No painel sobre a jornada de trabalho, o coordenador Jordão trouxe uma breve cronologia sobre o controle do tempo desde a idade média ao advento do capitalismo por meio da revolução industrial, em que um trabalhador cumpria jornada de 14 a 16 horas. Atualmente, após a luta da classe trabalhadora ao longo dos anos, a redução da jornada de trabalho alcançou 44 horas semanais.
Também ressaltou a importância da implementação da jornada de 30 horas nas instituições federais de ensino superior, justificando o aumento da produtividade por meio do uso de tecnologia se comparado há 30 anos, quando boa parte do trabalho era realizada de forma manual e muitas vezes morosa.
De acordo com a coordenadora geral Leia Oliveira, a FASUBRA busca por meio da jornada de 30 horas (sem redução de salário), ampliar o atendimento ao público nas instituições federais de ensino, no mínimo em 12 horas. A luta dos trabalhadores técnico-administrativos pela instituição das 30 horas é bandeira da Federação e em algumas instituições já acontece esse modelo de jornada de trabalho.
Democratização De acordo com o coordenador Guimarães Júnior, atualmente nas instituições há democracias restritas, “os conselhos superiores são compostos 70% por docentes, 15% de técnicos administrativos e 15% de estudantes. Isso não é democrático para uma instituição que produz conhecimento e pesquisa”.
Para Guimarães Júnior, o debate jurídico e administrativo apontou que, dentro da legalidade jurídica, é possível sustentar o debate sobre a instituição de conselhos paritários e democráticos nas instituições. Também concordaram que é necessária a organização nacional na luta pela democratização nas universidades articulada entre técnicos administrativos, docentes e estudantes.
Técnicos na reitoriaAtualmente o trabalhador técnico-administrativo não pode se candidatar à reitoria, porém, A Fasubra defende que por meio do PCCTAE (Lei 11.091/05 ) muitos tem o título de mestrado e doutorado que os capacita para a administração de uma universidade e defende também o voto direto e paritário para reitor.
A coordenadora de Aposentados Maria Loura Silveira falou sobre a experiência dos aposentados na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). “Os aposentados votam para reitor, tem assento no conselho universitário e participam de todas as comissões institucionais da universidade”. Espaço no curso de Educação Física para praticar natação dança ginastica, musculação.
(Fonnte: Fasubra)