Filiado do SISTA-MS, após abaixo-assinado, ambientalista recorre à ministra contra desmatamento no Pantanal

Filiado do SISTA-MS, o médico Ronaldo de Souza Costa, ambientalista está recorrendo à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para tentar impedir a abertura de pasto em mais de 11 mil hectares da Fazenda Santa Maria, localizada no Pantanal de Corumbá. Em um ofício enviado ao Ministério, Ronaldo de Souza Costa destaca as recentes perdas com as queimadas na área pantaneira, sobretudo em 2020, quando o bioma teve 4,5 milhões de hectares destruídos pelo fogo.

O médico classifica como catastrófico o pedido da fazenda feito ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) para a criação de 15.040 vacas e produção de 10.530 bezerros, capacidade a ser atingida na safra 2023/2024. “Pode haver legalidade processual, mas não é legítimo, nem é humano, nem é compatível com responsabilidade climática, nem com responsabilidade ambiental, nem de compromisso com a vida”, considerou o médico.

O pedido de licença ambiental feito ao Governo do Estado está sob análise do Imasul. Em audiência pública realizada em março deste ano, foi apresentado um estudo de impacto ambiental com a autorização da retirada da mata. Entre os aspectos positivos, o levantamento apontou aumento da geração de renda e valorização das terras, no entanto, indicou aspectos negativos como a eliminação da cobertura vegetal, emissão de poeira e gases, emissão de resíduos sólidos, emissão de ruídos e vibrações e tráfego de veículos.

O médico ambientalista espera que a ministra se posicione a favor da defesa da vida no Pantanal em Mato Grosso do Sul, contra a destruição da vegetação nativa na Fazenda Santa Maria. O desmatamento é um problema que afeta não só a biodiversidade, mas também a vida humana, já que os biomas são responsáveis pela manutenção do clima e das condições naturais do planeta. O Pantanal, uma das maiores áreas úmidas do mundo, tem sido bastante afetado pelas queimadas e a preservação ambiental é fundamental para a saúde e a economia da região.

A direção do SISTA-MS tem uma postura crítica em relação ao desmatamento e à exploração excessiva dos recursos naturais na região, considerando que o sindicato representa trabalhadores que atuam em universidades e institutos federais de ensino superior, que têm uma missão de promover a educação e a pesquisa científica, além de contribuir para o desenvolvimento sustentável do país.

O SISTA-MS defende políticas públicas que garantam a proteção do meio ambiente e a preservação da biodiversidade, bem como a promoção da agricultura e pecuária sustentáveis.