5 de Fevereiro de 2013 às 10:17

GOVERNA IMPLEMENTA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

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Depois de 10 anos de embate com os trabalhadores e de uma tramitação atribulada no Congresso Nacional, o governo finalmente conseguiu implementar as novas regras para a aposentadoria dos funcionários públicos federais. Entrou em vigor ontem a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público (Funpresp), entidade vinculada ao Ministério do Planejamento. Para os servidores dos Três Poderes nomeados a partir de agora, o benefício de valor igual ao último salário deixou de ser automático. Eles passam a receber o teto pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) — hoje, de R$ 4,1 mil —, e, caso queiram valor maior que esse, terão de contribuir para o fundo de pensão.
Segundo o Ministério do Planejamento, o rombo nas contas da previdência do funcionalismo somou, em 2012, em torno de R$ 62 bilhões — cerca de 1 milhão de pessoas receberam o amparo. O INSS, que paga mais de 30 milhões de benefícios, registrou, no mesmo período, um deficit de R$ 42,2 bilhões. A curto prazo, o novo sistema fará com que os gastos do governo sejam maiores. Isso porque, além de continuar pagando as atuais aposentadorias e pensões, a União passará a contribuir com até 8,5% para o fundo sobre os salários que excederem o teto dos novos servidores. Apesar disso, os agentes governamentais acreditam que o Funpresp se torne, em pouco mais de 10 anos, o maior fundo de pensão da América Latina — superando, inclusive, o Previ, dos funcionários do Banco do Brasil.
 10 mil adesões - A expectativa de Ricardo Pena, presidente da fundação, é de que ela conte, até o fim do ano, com cerca de 10 mil associados e mais de R$ 100 milhões para aplicar no mercado financeiro. Para começar a funcionar, o fundo terá um aporte inicial do Tesouro de R$ 73 milhões, sendo R$ 48 milhões para a Funpresp-Exe, dos funcionários do Executivo, e o restante para o sistema do Legislativo, que deve ser criado no próximo mês. 
Atualmente, o servidor público em atividade e os aposentados contribuem com 11% sobre o salário total, e a União, com 22%. Com o fundo, os repasses continuam os mesmos, mas a aposentadoria fica limitada ao teto do INSS. Para receber mais, o trabalhador precisa aderir ao fundo complementar e contribuir com até 7,5% do que exceder o teto, e o governo, com até 8,5%. A adesão ao Funpresp é facultativa para os atuais servidores. Eles terão 24 meses para decidir se querem participar ou não.
PLENÁRIA EM BRASÍLIA
A Federação de Sindicatos de Técnicos Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA SINDICAL), consta em seu calendário para 2013 a realização de uma Plenária Nacional de 8 a 10 de março, em Brasilia. No primeiro dia do evento está previsto a discussão da instituição do Funpresp e, principalmente, suas consequências para a categoria dos trabalhadores em educação das universidades públicas. 
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