23 de Fevereiro de 2022 às 14:01

Guedes propõe substituir reajuste salarial do funcionalismo federal por aumento de R$ 400,00 no vale-alimentação; aposentados e pensionistas ficam fora

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou a proposta de substituir o reajuste salarial do funcionalismo público federal por um aumento de R$ 400,00 no vale-alimentação das categorias. Como não é reajuste de salário, os aposentados e pensionistas ficam prejudicados.

Compreensão

A proposta vem após Bolsonaro sinalizar com reajuste salarial para a Polícia Rodoviária Federal e pedir “compreensão” do restante do funcionalismo. O presidente insiste em reajustar somente os salários das forças de segurança, que ele considera como a base mais “fidelizada” neste ano eleitoral.

Essa proposta, que discrimina o restante do funcionalismo por atender apenas o setor da segurança, gerou forte reação dos outros setores que já estão articulando uma paralisação nacional por reajuste salarial.

Vale-Alimentação não é salário

Para o coordenador do Sista/MS, Waldevino Basílio, a proposta de reajuste do vale já é resultado da pressão do funcionalismo e visa afastar a possibilidade de uma greve geral da categoria, mas é insuficiente e apresenta diversos problemas, como o fato de não incidir sobre os salários, que continuarão defasados, e prejudica os aposentados e pensionistas que não serão contemplados.

“Nossa luta é pela reposição salarial, pela recomposição dos nossos salários que estão defasados, pois a última reposição que nós tivemos foi em 2015. Ou seja, nossos salários estão extremamente defasados, principalmente se você considerar essa mega inflação que está aí. Outro ponto, é quando o governo apresenta essa proposta de aumentar somente o auxílio alimentação, imediatamente ele deixa de fora os aposentados e pensionistas. Parece que o governo pensa que os aposentados e pensionistas não precisam comer. Tem outra coisa, que é a preocupação com a greve do funcionalismo, então ele está tentando com essa proposta desmontar nossa mobilização em nível nacional. E também tem o fato de ser ano eleitoral. É evidente que ele quer ter algo para usar na campanha e falar que contemplou o funcionalismo. Mas, acima de tudo, o governo tem que receber a gente e negociar seriamente a reposição de nossos salários. Dentro dessa negociação pode entrar sim o aumento do vale-alimentação, do auxílio-creche, do auxílio-transporte. Nossa vida não se resume em comer feijão com arroz. E o transporte, com esses aumentos absurdos do combustível, e a moradia, e a saúde. E os nossos gastos com a família, educação, etc. Por isso nossa luta é pela recomposição dos salários e benefícios como um todo e não só do vale-alimentação.”

(Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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