INFORME DE GREVE – 30.04.2014

Seguindo orientação do Comando Nacional de Greve, os trabalhadores da UFMS em greve desde o dia 17 de março/2014, realizaram ações e fizeram os encaminhamentos necessários para a manutenção e endurecimento contra o governo que ainda insiste em não abrir negociação com a FASUBRA.

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No dia 28.04.14 – segunda-feira: Foi realizada Assembleia com avaliações da conjuntura e aprovação da Moção de Repudio contra os deputados que compõe a Comissão Especial do PNE que estão tentando tirar do texto original do PNE, já aprovado na Câmara dos Deputados, o combate ao preconceito, homofobia e ao machismo, bem como da Moção de Repudio ao Chefe da Divisão de Transportes da UFMS (segue abaixo as Moções).



No último dia 22 de abri/2014 a Comissão Especial do PNE – Plano Nacional de Educação além de aprovar o texto do relator, sem o prejuízo dos destaques votou por 15 a 11 a manutenção da alteração  feita pelo Senado no inciso III do Artigo 2º do projeto de lei do PNE, que determina a "promoção da cidadania e a erradicação de todas as formas de discriminação". Dessa forma foi rejeitado o texto inicial aprovado por unanimidade na Câmara dos Deputados que garantia entre as diretrizes do ensino, a superação das desigualdades educacionais, "com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual", como forma de combater a homofobia, o racismo e o preconceito.

A mudança aprovada na Comissão especial com uma menção genérica de combate a todos os tipos de discriminação significa tornar invisível o desafio diário que meninas, meninos, garotas, garotos, homens e mulheres que são parte das comunidades que frequentam os espaços do sistema educacional brasileiro em todos os seus níveis, sejam como trabalhadoras, trabalhadores ou estudantes enfrentam até hoje com machismo, racismo e homofobia.

Defendemos que o machismo, o racismo e a homofobia, devem ser enfrentados e identificá-los e torná-los explícitos no texto da lei representa um importante passo em favor da luta por liberdade, garantia de direitos e igualdade de oportunidades. Por isso, Os trabalhadores técnico-administrativos da UFMS, em greve desde o dia 17 de março de 2014, reunidos em Assembleia da categoria, no dia 28 de abril de 2014, na Concha Acústica da UFMS, REPUDIAM a atitude preconceituosa, distorcida e conservadora dos quinze deputados fundamentalistas que votaram a favor dessas mudanças, além de tentarem escamotear a realidade preconceituosa do sistema educacional brasileiro incentivam apoiam e difundem ideias retrógradas, discriminatórias e o ódio contra as minorias.



Os trabalhadores técnico-administrativos da UFMS, em greve desde o dia 17 de março de 2014, reunidos em Assembleia da categoria, no dia 28 de abril de 2014, na Concha Acústica da UFMS deliberaram por uma MOÇÃO DE REPÚDIO contra a atitude do Chefe da Divisão de Transportes e Logística Sustentável/COA/Proinfra Helder Nobre de Oliveira Silva, por cercear e impedir, não pela primeira vez, o trabalhador Adhemar Vilela Moreira em greve, de cumprir sua Escala de Serviço para a manutenção do Projeto de Pesquisa GEPPI/UFMS.

Tal atitude não contribui em nada ao que foi proposto e acordado com a Administração Superior da UFMS em reunião com o Comando Local de Greve de que: nossa responsabilidade durante o período de greve abrangeria, inclusive, os projetos de pesquisas que estavam em andamentos e, que os servidores que participam destes projetos cumpririam as escalas pré-estabelecidas normalmente, a fim de não prejudicar o seu andamento.

Reiteramos nossa posição de REPÚDIO a sua atitude, pois a democracia consiste na plena liberdade de exercer nossos direitos constitucionais, até mesmo durante conflitos estabelecidos.

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No dia 29.04.14 – terça-feira: Realizamos panfletagem com Ato Político em frente ao no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian a partir das 06:00h encerrando às 08:00h contra a entrada da EBSERH, houve boa receptividade por parte da Comunidade em geral, pois a situação que o HU vem passando depois da assinatura do contrato com a EBSER chega a ser insustentável. Hoje o HU está funcionando com um terço dos leitos de sua capacidade, alem do comprometimento em toda sua estrutura depois do vazamento de água de chuva e alagamento no CTI Pediátrico e outros setores. Esperamos que os trabalhadores do HU se conscientizem e reforcem nossa luta. (segue abaixo teor da Carta à Comunidade distribuída no Ato).



Companheiros (as) da Sociedade Sul Mato Grossense:

Desde o ano de 2007 o Governo Federal tenta a todo meio transformar os Hospitais Universitários, patrimônio publico da sociedade em geral, em patrimônio privado, ou seja, somente para alguns setores da sociedade que teriam direito a sua utilização através de convênios, se extinguido a exclusividade SUS para o HU.

No ano de 2010, através da Medida Provisória nº 520, para cumprimento de uma determinação do TCU de 31.12.2006, de extinguir 26 mil postos de trabalhos terceirizados por Fundações dentro dos HUs, o Governo Lula ao invés de assumir seu papel de gestor e fazer as reposições dessas vagas pelo Regime Jurídico Único, tenta através desta MP resolver o problema com esta iniciativa privatista. Os movimentos sindicais e sociais conseguiram através de mobilizações que isto não fosse realizado com intervenções dentro do Congresso Nacional.

Não contente com esta derrota, o Governo Federal reenvia ao Congresso Nacional a mesma proposta, só que desta vez em forma de Projeto de Lei nº 1749 e por ter maioria absoluta no Congresso consegue sua aprovação. Este foi mais um duro ataque aos direitos dos cidadãos que se beneficiam dos HUs, pois retira do poder publico a gestão dos HUs e passa para as mãos da EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. 

Apesar de várias tentativas para impedir a adesão à EBSERH, na UFMS isso aconteceu no mês de dezembro de 2013, quando definitivamente foi assinado o Termo de Adesão a esta empresa. Após isso, tudo que foi prometido que viria para o Hospital Universitário com a adesão, como contratação de 1.200 servidores, abertura total dos 253 leitos e reformas do hospital, não passou de enganações para a população.

Hoje estamos funcionando com capacidade aproximada de 100 leitos, ambulatórios precários, pessoal desmotivado a trabalhar, suspensão só neste ano de mais de 400 cirurgias eletivas e pior ainda, com uma estrutura física de causar repulsa ao saber que quase 11 milhões foram investidos nas reformas do HU, inclusive telhado. Como exemplo fica o CTI Pediátrico que após 15 dias da sua reinauguração, teve que fechar completamente, pois o telhado cedeu e o alagamento tomou conta de todo setor, tendo que ser improvisado num cantinho no HU.

Juntem-se a nós. Não vamos deixar que nosso maior patrimônio de apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão, especialmente à assistência a saúde publica do povo sul matogrossense chegue a este ponto.

EBSERH NÃO!
Trabalhadores da UFMS em Greve