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Evento aconteceu no Rio de Janeiro, e reuniu manifestantes em defesa da educação e da democracia na política e nas escolas[/caption]
Na quarta-feira passada centenas de pessoas lotaram o Auditório do Instituto de Ciências Socias (IFCS), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para prestigiar o
lançamento da Frente contra o projeto "escola sem partido". A FASUBRA Sindical esteve presente ao evento, representada pelos coordenadores Gibran Jordão, Francisco de Assis dos Santos e Mário Costa Júnior, somando-se ao esforço de várias entidades em defesa da educação pública e democrática, com livre debate de idéias, sem censura, uma vez que “somente assim haverá o verdadeiro desenvolvimento do ensino e do conhecimento em nosso país”.
No evento nacional também estiveram presentes centrais sindicais, entidades diversas que representam profissionais da educação em todos os níveis, movimentos sociais, parlamentares, partidos políticos e movimento estudantil.
Projeto escola sem partidoO Deputado Izalci (PSDB/DF) apresentou, em 23 de março de 2015, o Projeto de Lei nº 867/2015, que inclui entre as Diretrizes e Bases da Educação Nacional o "Programa Escola sem Partido". Ainda, existem outros 11 projetos similares tramitando nas casas legislativas de 10 estados e no Distrito Federal, além de outros nas Câmaras dos Vereadores de muitos municípios. Esta proposta tem como objetivo impedir o livre debate de ideias nas escolas, punindo professores que emitirem opiniões e apartando os alunos de acesso ao conhecimento.
O nome da causa também é uma referência ao Movimento Escola Sem Partido, criado em 2004 para combater a “doutrinação ideológica”. O próprio nome do movimento é enganador, pois coloca uma dicotomia entre uma escola sem partido ou uma escola com partido. Entretanto, não é isso que está em jogo. A verdadeira intenção dos defensores deste projeto é impor a ideia de que os professores não devem ser educadores e que formar o cidadão crítico é sinônimo de “fazer a cabeça dos alunos”. É um projeto de escola que remove o seu caráter educacional, defendendo que os professores apenas instruam para formar trabalhadores sem capacidade de reflexão crítica, o que é inaceitável e deve ser combatido diuturnamente. (Fonte: Fasubra)