Mobilização mantém greve no HU

Em greve desde o dia 15 de setembro, os trabalhadores do Hospital Universitário de Campo Grande continuam paralisados, com a realização de assembleias diárias e promovendo a ampliação do movimento, tanto internamente como externamente. Neste sentido, já foi definido um calendário de atividades que será desenvolvido dentro e fora do hospital. O Comando de Greve está fortalecendo o trabalho de sensibilização dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que pretende conscientizar e conquistar o apoio da população.

O que levou os trabalhadores a greve no HU foi o não pagamento dos plantões dos trabalhadores nos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano. O impasse para o pagamento dos plantões já perdura seis meses e é encarado pela categoria como falta de respeito por parte dos gestores do HU. A greve já é considerada vitoriosa, pois conseguiu “destravar” a questão do andamento do processo, que estava “parado” no Ministério do Planejamento, mas ainda não recebemos uma confirmação oficial acerca do imediato pagamento dos valores atrasados.





PROMESSAS

No dia 02 de outubro, o Comando de Greve, em audiência com o vice-reitor Dr. João Ricardo, o Chefe de Gabinete da Reitoria da UFMS, comunicou que o Secretario de Ensino Superior do MEC, Dr. Paulo Speller, teria entrado em contato com a UFMS e avisado que referente ao processo, já se havia chegado ao posicionamento ministerial acerca do processo em trâmite, mas até aquele momento não teriam recebido nada oficial, informando que Reitora, Dra. Célia Maria, já teria  solicitado a ele um envio de comunicação para conhecimento deste documento, afim de repassar para os trabalhadores.

O Comando Local de Greve deixou a sala do Vice-Reitor, Dr. João Ricardo, com agenda para as 15h, do mesmo dia, para uma Audiência com o Dr. Cláudio Saab. Esta audiência foi transferida para o dia 03/10, às 09h, por solicitação do Dr. Cláudio Saab, que justificou diante do seu retorno de Brasília no dia 02/10, estaria em reunião na Reitoria, tratando desta questão.

Na audiência, do dia 03/10, às 09h, no Gabinete do Diretor do Hospital Universitário, Dr. Cláudio Saab, comunicou que esteve em Brasília para buscar solução para o impasse e que tudo estaria dependendo deste posicionamento do Ministério da Educação, mas que até o momento esse documento não teria sido apresentado.

Apesar desta movimentação entre os ministérios, os trabalhadores não tem a confirmação dos pagamentos dos plantões. Ou seja, não existe nada de concreto quanto aos valores que cada um tem direito a receber pelo trabalho já realizado. Por isso a categoria ainda encara esta movimentação apenas como promessa e não como uma decisão efetiva para quitar os plantões trabalhados.





DIRETOR SAI DE FÉRIAS

Para piorar a situação dos trabalhadores do Hospital Universitário, o diretor Claudio Saab saiu de férias nesta segunda-feira, dia 6 de outubro. Ele era a principal referência interna para o contato administrativo em Brasília, visando a solução do impasse. O que mais estranhou o movimento grevista foi o fato de que no dia 3 de outubro ele ter recebido o Comando de Greve e não ter ao menos comunicado de suas férias.


Categoria vai fazer manifestações externas

Diante da falta de uma definição, os trabalhadores decidiram que o movimento não ficará restrito apenas às assembleias em frente da unidade hospitalar. O movimento está definindo um calendário de atividades para mostrar o movimento de paralisação para além dos portões do hospital.
O comando de greve encaminhou e os trabalhadores decidiram duas atividades fora da entrada principal do HU. A primeira será na quinta-feira (9) em frente da Reitoria da UFMS e a segunda na sexta, dia 10. Os dois eventos serão na parte da manhã, das 7h às 11h.
O objetivo é mostrar que a mobilização é fruto da indignação pelo descaso e desrespeito que passam os trabalhadores, sem qualquer comprometimento em uma definição do pagamento das horas trabalhadas e não pagas.