5 de Setembro de 2013 às 08:04

MOÇÃO DE INDIGNAÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA UFMS

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1 - Considerando a ausência de democracia dentro da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), onde o processo para escolha de dirigentes e Reitoria predomina através de uma Lei de 1968, no regime ditatorial do Brasil e, sem a vontade política de nossos gestores em alterar não só a Lei, mas como, dar liberdade de manifestação igualitária em todos os seguimentos da Universidade Federal;
2 - Considerando a implementação do processo de terceirização da UFMS, onde a instituição vem deixando de fazer a devida fiscalização das empresas contratadas, deixando os trabalhadores terceirizados em condições precárias e, no ato de suas rescisões de contrato de trabalho, continuamente existe o desconto dos encargos sociais como FGTS e INSS do trabalhador. Todavia, não existe o devido recolhimento por estas empresas;
3- Considerando a evidente falta de compromisso da atual administração em resolver os problemas dos motoristas e vigilantes da UFMS, com quadros defasados de pessoal para atendimento de toda comunidade universitária, incentivando e ampliando os postos de terceirizados no ambiente da UFMS;
4 - Considerando a implantação da EBSERH - Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares no NHU (Núcleo Hospital Universitário) da UFMS - sem o devido debate com a Comunidade Universitária, conforme havia sido aprovado na reunião do COUN do mês de novembro de 2012 - e posteriormente aprovação da proposta pelos membros do Conselho, verifica-se que não há o menor interesse da atual administração na manutenção do Hospital Universitário vinculado a UFMS e que desse resultado podemos estar perdendo o que é mais sagrado ao povo brasileiro: ter uma saúde e educação de qualidade;
5 - Considerando o descontentamento dos trabalhadores do Setor de Nutrição do HU, onde tiveram que passar por mais de dois anos instalados numa tenda provisória com a promessa da entrega de seu prédio totalmente reformado, o resultado foi o pior possível, pois após a reforma teve que passar por outra reforma, gastando mais de R$ 1 milhão de reais, para sua adequação e funcionamento do Pronto Atendimento do NHU, deslocando os trabalhadores para continuar em estado pior do estavam, pois foram alojados num corredor, demonstrando que nunca existiu um planejamento de ações na UFMS;
6 - Considerando o visível desmonte das atividades de manutenção como serralheria e marcenaria, que após a remoção dos trabalhadores, não está havendo o menor cuidado com o patrimônio publico,deixando os equipamentos e maquinários em perfeito estado de conservação abandonados e ao relento para que o tempo os deteriore;
7 – Considerando a forma impositiva de tratamento que está sendo dado no momento ao nosso pessoal que desenvolve atividades administrativas em desvios de funções e que estes desvios de funções foram causados pela própria Universidade, pois precisava de força de trabalho para continuar as atividades da UFMS, e hoje verifica-se que estão sendo tratados como peça de descarte;
8 - Considerando o deslocamento desnecessário de professores para ocupar cargos técnicos de pessoal estritamente administrativo, deixando os acadêmicos sem o devido acompanhamento, comprometendo o ensino de qualidade, o qual nós trabalhadores da educação prezamos muito;
9 - Considerando o resultado da “Operação Sangue Frio”, onde inúmeras denuncias foram apresentadas nacionalmente pela imprensa, foram abertos Processos Administrativos (PADs), percebe-se que não existe interesse por parte da Administração para a resolutividade dos PADs, pois apenas alguns instaurados estão em andamento;
10 - Considerando que dos Processos Administrativos instaurados após a “Operação Sangue Frio”, apresenta-se nomes de servidores técnico-administrativos e, devido a falta de celeridade para resolve-los, verifica-se que muitos dos trabalhadores estavam executando atividades inerentes aos seus cargos, e com esta demora causa muita aflição, pois não lhes estão dando o direito a ampla defesa e ao contraditório;
11 - Considerando a falta de disposição da Administração da UFMS em dialogar com os trabalhadores, não querendo reconhecer o legitimo papel de nossa Entidade Sindical, percebe-se que depois de empossada, esta nova gestão continua com os mesmos discursos compostos de rancor e ódio, além das mesmas ações quando estavam nos palanques eleitorais e;
12 - Considerando a forma de atendimento dado aos trabalhadores técnico-administrativos em relação aos processos judiciais (47,94% e PSS) com apresentações de notificações apenas para nosso segmento, deixando claro que existe uma retaliação contra nossa categoria, que apresentou seu descontentamento à gestão da UFMS, em sua maioria votando no candidato de oposição;
DELIBERA:
Os Técnicos Administrativos em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, reunidos em Ato Público no dia 30 de agosto de 2013, em frente ao prédio da Reitoria, manifesta sua INDIGNAÇÃO a todos estes atos praticados contra os trabalhadores, deixando claro o propósito de que não existe compromisso desta gestão da UFMS com uma Educação Pública, Laica, Gratuita e de Qualidade, como reza nossa Constituição Federal.

Campo Grande – MS, 30 de agosto de 2013.
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