Liderança cutista, militante e lutadora aguerrida, na vida e no movimento sindical, esta era Odete Gomes. A dor de perda se torna imensa, ao ver ruir toda a esperança alimentada por cada companheiro e companheira nesses dias de tamanha angústia.
É com profunda tristeza e pesar que comunicamos que foram encontrados e identificados, na manhã desta terça-feira (15), os dois últimos corpos que continuavam desaparecidos após o naufrágio da embarcação presente na procissão do Círio Fluvial, no último sábado (12), em Macapá, capital do Amapá: o da nossa eterna companheira presidenta da CUT-AP, Odete Gomes, localizado junto ao barco, e o de Raimunda Flora, esposa de um funcionário do Sindsep (Sindicato dos Servidores Federais).
Odete deixa várias lições e todo seu legado de luta e princípios. A CUT e o movimento sindical brasileiro perdem uma importante liderança, guerreira, militante, que sempre esteve à frente das lutas contra toda e qualquer injustiça. Sindicalista, mãe, feminista e feminina batalhava para criar seus quatro filhos com a mesma atenção e afeto que tinha pelo movimento sindical.
Odete Gomes: presente!
Em 2003, Odete assumiu a zecretaria de organização da CUT-AP. No congresso seguinte foi eleita para a secretaria-geral e, em 2009, assumiu a Presidência da CUT no estado, para qual foi reeleita no último congresso.
Odete Gomes nasceu no município de Amapá-AP, era técnica da Universidade Federal do Amapá e dirigente do Sindsep, onde foi tesoureira por dois mandatos e, atualmente, respondia pela secretaria-adjunta de relações internacionais.
Como diz o ditado do mar, o capitão é o último a abandonar o barco, e assim foi. Quis o destino que o majestoso rio Amazonas, tão querido por ela, marcasse o encerramento de sua tarefa.
Expressamos nossos mais profundos sentimentos aos familiares de Odete Gomes e de todas as vítimas dessa tragédia.
EXECUTIVA NACIONAL DA CUT