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Abertura da plenária contempla a atual luta das mulheres no Brasil[/caption]
A Plenária Nacional Estatutária da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA Sindical) começou na manhã desta sexta-feira, 01.
Realizada no Auditório 3 de Faculdade de Ciências da Saúde,
Campus da Universidade de Brasília – DF, reúne representantes dos sindicatos de base filiados à federação, eleitos em assembleia geral local, para discutir os seguintes assuntos: informes, análise de conjuntura e outros assuntos.
Para abrir os trabalhos, a coordenação da mulher trabalhadora representada por Eurídice Almeida e Ivanilda Reis, relembrou o Dia Internacional da Mulher - 08 de março - com um painel especial sobre o empoderamento da mulher e a ameaça do zika vírus (doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, causador da microcefalia em recém-nascidos).
Na abertura do painel, a coordenação da mulher trabalhadora lembrou o assassinato da estudante de biologia da Universidade de Brasília (UnB), Louise Ribeiro, por outro aluno da instituição no mês de março, destacando o aumento da violência contra as mulheres. De acordo com a coordenação, o Brasil é o quinto no ranking de violência contra a mulher.
Zika VírusA palestrante Érika Luciana Andreassy, representante do Movimento de Mulheres em Luta da CSP- Conlutas falou sobre o aumento dos casos do zika vírus no país e os problemas que a contaminação causa para mulheres e o feto. Segundo Érika, crianças que contraíram o vírus durante a gestação, terão sérios problemas neurológicos como a microcefalia. “É necessário tempo, dinheiro e profissionais especializados para atender as famílias, se faltar um tripé, as famílias já estão comprometidas”.
Para Érika, hoje é possível diagnosticar o vírus durante a gestação e defende que as mulheres tenham o direito de realizar o diagnóstico precoce pelo sistema de saúde público “e decidir se querem continuar uma gestação marcada pelo zika”. Também defende o direito das mulheres a realizar o aborto na rede pública, diante das complicações do aborto realizado em clínicas clandestinas, correndo risco de morte. Para aquelas que querem prosseguir com a gestação, a palestrante defende que essas mulheres tenham toda a assistência por parte do governo.
Empoderamento da mulherCristina Del Papa, coordenadora de seguridade social da FASUBRA, tratou do empoderamento da mulher e as dificuldades em alcançar altos cargos de poder. “As mulheres são em maior número no mundo, mas não conseguimos alcançar altos cargos de poder”. Segundo a palestrante, na América Latina houve apenas seis mulheres como presidentes da república, as mulheres são a maioria nas universidades (estudantes), nos cursos de especialização, mestrado e doutorado, porém, não conseguem alcançar os lugares de poder.
Para Cristina, as mulheres que aspiram alcançar lugares de poder sofrem assédio sexual, mesmo sendo a maioria, não votam em representantes mulheres aumentando a diferença de representação no governo, estados e municípios. De acordo com a pesquisa da União Inter-Parlamentar, os 10 países que têm mais representantes mulheres no congresso são:
Fonte:
Women in parliaments O Brasil aparece na 154ª posição com 51 deputadas de 513 assentos e 13 senadoras de 81 assentos. Cristina trouxe à tona o machismo praticado nas entidades sindicais e encerrou falando sobre a unidade das mulheres, independente de divergências ideológicas.
O debate foi aprofundado com a participação dos presentes, encerrando o evento pela manhã. No período da tarde foram realizados os informes nacionais e de base.
(Fonte: Fasubra)