8 de Setembro de 2013 às 10:32

Reitora da UFMS enfrenta crise grave com funcionários e acadêmicos após escândalos

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Luiz Alberto
A reitora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Célia Maria Oliveira é o alvo de acadêmicos e funcionários que estão indignados com a permanência dela no cargo após a sucessão de escândalos envolvendo a Instituição. Além da Operação Sangue Frio da Polícia Federal, que atingiu em cheio o HU, a reitora acumula mais de 20 inquéritos contra ela no MPF (Ministério Público Federal).
Inconformados, acadêmicos ocuparam ha uma semana o prédio da reitoria. Segundo post feito pelos estudantes em página da rede social Facebook, a ocupação é devido a insatisfação com a situação de descaso que se encontra a UFMS, provocada pela atual gestão da reitora Célia. Eles decidiram ocupar a reitoria como forma de ter suas reivindicações atendidas e prometem não sair até serem atendidos.
Entre as pautas dos estudantes estão a saída de Célia do comando da UFMS, com o movimento Fora Célia; assistência estudantil; Restaurante Universitário noturno e aos sábados e domingos, pelo preço máximo de R$2,50 e com gratuidade para bolsistas permanência e cotistas; biblioteca que inclua em seu acervo livros solicitados nas bibliografias obrigatórias dos cursos; fim do sucateamento dos campi universitários e principalmente Paridade de voto.
“Vivemos na pele todos os dias a precariedade desta universidade. Estrutura física defasada, falta de professores, obras que nunca terminam, falta de laboratórios, etc. Lutar é a maneira que encontramos para mudar a realidade que nos foi imposta”, afirma o post.
Servidores
Os servidores criaram uma moção de indignação à administração da UFMS. Os técnicos administrativos em educação, reunidos em ato publico no dia 30 de agosto, em frente ao prédio da reitoria, manifestaram indignação a todos os atos praticados contra os trabalhadores.
Segundo eles não existe compromisso dessa gestão com uma educação pública, gratuita e de qualidade, como reza a Constituição Federal.
Um documento, assinado pela coordenação estadual do Sista (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino de MS), elenca 12 pontos em que expressa sua completa indignação com a administração Célia de Oliveira.
O principal deles é o voto paritário. A coordenação do sindicato e o conjunto dos trabalhadores demonstraram ser contra o atual sistema eleitoral, que discrimina técnicos e estudantes e supervaloriza os docentes, numa proporção de 70% de peso no voto para eles e apenas 15% para os demais segmentos.
De acordo com os servidores ‘este sistema nefasto facilita a manipulação, favorece a pressão dos superiores e ainda incentiva o clientelismo com a troca de votos por cargos dentro da instituição’.
Eles citam ainda que aUFMS vem deixando de fazer a devida fiscalização das empresas contratadas, com trabalhadores terceirizados em condições precárias; falta de compromisso em resolver os problemas quadros defasados de pessoal; implantação da EBSERH - Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares que mostra falta de interesse na manutenção do HU; desvios de funções de servidores; escândalo da Operação Sangue Frio.
Os técnicos administrativos pontuam que a forma de atendimento dado em relação aos processos judiciais, com apresentações de notificações apenas para esses servidores, deixa claro que existe uma retaliação contra a categoria, que apresentou seu descontentamento à gestão Célia, votando em sua maioria no candidato de oposição.
Além do Sista Campo Grande - que fez ato em frente da reitoria da UFMS, a seccional de Dourados – distante a 225 km de Campo Grande, participou de ato público e caminhada no centro da cidade. Em Corumbá – distante a 444 de Campo Grande, além da mobilização, a categoria e demais segmentos da comunidade universitária sinalizaram apoio ao movimento dos estudantes que está ocorrendo na Cidade Universitária em Campo Grande, onde a reitoria permanece ocupada. 
(Fonte: Diana Gaúna/midiamax.com.br)

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