Os servidores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul confirmaram, em assembleia geral realizada na manhã desta quinta-feira, que paralisam mesmo suas atividades no próximo dia 23 de maio, em protesto salarial. A luta não por aumento salarial, mas sim por reposição das perdas salariais que vêm ocorrendo há anos e que já acumulam um prejuízo de 28%.
Esse é o percentual que eles querem de reposição, informa o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – SISTA-MS.
Reunidos no Anfiteatro da FAALC da UFMS em assembleia geral, mais de 300 trabalhadores decidiram além da paralisação do dia 23, a categoria, liderada pelo seu sindicato, vai fazer panfletagem no entorno da universidade para informar a todos sobre o motivo da paralisação e as reivindicações que a categoria faz ao Governo e à Reitoria da UFMS para que tenham melhores salários e mais dignidade no ambiente de trabalho.
Também decidiram fazer outra assembleia um dia antes da paralisação, no dia 22 de maio, terça-feira, em frente à Reitoria, a partir das 7h30 para entregar um abaixo assinado ao reitor, solicitando a suspensão da implantação do ponto eletrônico na universidade, até que se faça um dimensionamento de pessoal com a garantia de implantação das 30 horas.
A assembleia desta manhã foi presidida pelos coordenadores gerais do SISTA-MS, Waldevino Mateus Basílio e Cleo Gomes. A reunião começou às 9h e terminou depois do meio dia. “Foi uma assembleia altamente positiva, pois conseguimos reunir dezenas de pessoas para discutir assuntos relevantes de interesse de todos nós e serviu também para mostrar que devemos nos unir para lutar contra as ameaças aos nossos direitos”, afirmou Basílio.
Além da paralisação no dia 23 de maio, durante todo o dia, os servidores da UFMS discutiram também o polêmico processo de revisão dos valores dos 47,84%. Para maiores explicações sobre o andamento desse processo, a direção do sindicato levou sua assessoria jurídica, Dr. Ricardo, para falar aos presentes. Ficou acertado, na assembleia, que ele acompanhará a direção do SISTA-MS numa reunião com o reitor da universidade para tratar do assunto, uma vez que a justiça já reconheceu que a cobrança desse percentual dos servidores incide também sobre o Imposto de Renda e Seguridade Social, ou seja, de maneira indevida. Daí a necessidade de uma revisão dos cálculos, que a própria universidade deveria solicitar.
Cleo Gomes pede o comparecimento de todos os servidores nessas atividades marcadas em assembleia, para que o movimento tenha força e que a situação dos trabalhadores alcance maiores e melhores patamares, como a reposição dos 28% perdidos para o acumulado da inflação dos últimos anos e essa questão da cobrança indevida dos 47,84%. “Juntos somos mais fortes. Precisamos da força e da união de todos”, acrescentou.