23 de Maio de 2018 às 12:01
Servidores da UFMS cruzaram os braços nesta quarta-feira
Centenas de servidores da UFMS e HU, cruzaram os braços hoje em Campo Grande e cidades do interior de Mato Grosso do Sul, em protesto à falta de reposição salarial há mais de 4 anos e que já somam mais de 28%. Sem reajuste as categorias já estão há mais de 10 anos.
A paralisação, liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – SISTA-MS, foi pacífica e contou com a distribuição de panfletos a estudantes e visitantes; serviço de som e muito diálogo expondo as duras realidades que os servidores hoje enfrentam nessas instituições por conta do “abandono” do Governo Federal para com as universidades.
O coordenador geral do SISTA-MS, Waldevino Mateus Basílio afirma que a paralisação está sendo um sucesso e que até o final do dia terá um balanço de como foi a movimentação nos campus da UFMS no interior do Estado, como em Três Lagoas, Corumbá, Aquidauana, Chapadão do Sul, Paranaíba, Naviraí, Ponta Porã e Coxim.
“Não tem como não irmos para a luta se estamos sem receber uma reposição salarial, das perdas dos nossos salários para a inflação que já somam mais de 28%”, afirma Basílio.
Todos os coordenadores do sindicato participaram ativamente das atividades nesta quarta-feira. Eles prometem novas investidas para breve, até conseguirem avançar nas negociações. Vale lembrar que semelhante manifestação está sendo realizada simultaneamente em todas as universidades públicas brasileiras, em todos os Estados. Isso foi o que ficou decidido no congresso nacional da categoria, realizado no mês passado, por intermédio da federação, a FASUBRA.
O SISTA-MS divulgou documento público em que explica para a opinião pública sobre os motivos da luta da entidade e enumera os principais pontos:
- Cooreção salarial de 28%;
- Isonomia salarial entre os poderes e incorporação de todas as gratificações produtivistas;
- Paridade salarial entre ativos, aposentados e pensionistas;
- Cumprimento dos acordos das greve de 2015;
- Política salarial permanente com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias;
- Fim dos cortes no orçamento federal e ampliação do financiamento público para qualificação dos serviços e servidores públicos;
- Criação de novas vagas para concurso público, pelo RJU e reposição imediata de cargos vagos;
- Regulamentação da jornada de trabalho no serviço público, para o máximo de 30 horas semanais, sem redução de salário;
- Garantia plena da Licença Capacitação do servidor público;
- Retirada da proposta de reforma da Previdência (PEC 287/16) e revogação da Reforma Trabalhista;
- Revogação da Emenda Constitucional 95/2016 e a Lei 156/2016, que reduzem investimentos em saúde, educação e segurança pública, durante os próximos 20 anos;
- Revogação do FUNPRESP e garantia de aposentadoria integral para todos;
- Fim da privatização do serviço público e Revogação da Lei de Criação de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e Organizações Sociais (OS);
- Direito irrestrito de greve e negociação coletiva no serviço público, com base na Convenção 151 da OIT.