20 de Julho de 2012 às 12:42

SISTA sugere ao Conselho Diretivo do HU da UFMS que adie decisão sobre implantação da EBSERH

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Momento em Lucivaldo Santos fazia um apelo ao Conselho Diretivo do HU para que votasse contra a adesão a EBSERH

O SISTA/MS participou na manhã desta sexta-feira (20) da reunião do Conselho Diretivo do Hospital Universitário de Campo Grande que, entre outros pontos de pauta, tinha a adesão a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) que, na prática, inicia um processo de privatização dos HUs em todo o Brasil. Apesar de não ter voto no conselho, a direção sindicato esteve presente representada pelos coordenadores gerais Adhemar Vilela e Lucivaldo Alves dos Santos. A coordenação teve direito a voz e sugeriu ao colegiado que adiasse a decisão pela adesão, votando neste momento contra a implantação da empresa.
O coordenador geral do SISTA/MS (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições de Ensino Superior de MS), Lucivaldo Alves dos Santos, se dirigiu aos conselheiros pontuando o clima de dúvidas e incertezas em relação a adesão a esta empresa, mesmo porque ninguém sabe de forma precisa como ela vai funcionar.
 “Estou vendo nos semblantes de cada um dos senhores e das senhoras, um grande ponto de interrogação sobre esta questão e isto é uma mostra que tem mais pontos negativos do que positivos nesta possibilidade de ingresso desta empresa de gestão”, analisou o dirigente, para em seguida  fazer o pedido: “Como existem muitas dúvidas e questionamentos, adiem esta decisão para um outro momento, talvez no segundo semestre”.
Além do SISTA/MS, a representação do Diretório Central dos Estudantes (DCE/UFMS) também esteve presente e fez um apelo para que os conselheiros votassem contra a adesão a EBSERH. Para Renan Araújo, do DCE, a grande preocupação da entidade é com a qualidade do ensino dos acadêmicos de medicina da UFMS, que ficariam sujeitos a regras de uma empresa e não da instituição de ensino superior.
Representação do DCE também esteve presente e engrosso coro contra privatização do HU

Já a grande preocupação do sindicato é pelo fato que o formato da EBSERH ainda não está pronto. Aliás, o estatuto da empresa já foi modificado inúmeras vezes e nenhum dos 48 hospitais universitários do país não a tem como gestora. “Se ela não existe de fato e não temos nenhuma experiência sobre sua eficácia, que esperemos então até que tenhamos o mínimo de referência sobre seu funcionamento”, solicitou Lucivaldo Santos aos membros do Conselho Diretito do HU da capital.
PRIVATIZAÇÃO
De acordo com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra Sindical) e a Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, a implantação da EBSERH nos HUs vai penalizar os técnicos dos hospitais. A avaliação é de o objetivo de uma empresa no sistema capitalista é visar lucro e isto acarretaria no aumento da  carga de trabalho e retirada de vantagens conquistadas com muita luta ao longo dos anos. Ela também engessaria  a dinâmica da principal função do HU, que é o de ser hospital-escola. Para se ter uma ideia, as direções dos HUs não terão assento nos conselhos desta empresa, que vai contratar pessoal pelo regime de CLT e não estatutário, como é o caso dos servidores atuais.
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