Vista parcial dos trabalhadores deliberando pela deflagração da greve na UFMS, neste dia 20, no anfiteatro do LAC
Os trabalhadores em educação da UFMS entram em greve a partir desta quarta-feira (20), respeitando a manutenção dos serviços essenciais. A deliberação pelo movimento paredista ocorreu durante assembleia geral da categoria, realizada no anfiteatro do LAC, na Cidade Universitária em Campo Grande.
A deliberação para entrar em greve foi aprovada por unanimidade dos trabalhadores presentes que enfrentaram a chuva e lotaram o anfiteatro. O ato estava marcado anteriormente para um local aberto, que era o pátio do setor de vigilância, ao lado da Reitoria, mas o tempo chuvoso obrigou a transferência de local.
Coordenação do SISTA/MS encaminhou proposta e começa organizar o movimento paredista
Com a decisão, os trabalhadores e demais servidores públicos da UFMS acompanham o movimento nacional de paralisação e reforça a luta para que o governo abra negociações e atenda os principais anseios dos trabalhadores. No caso das universidades, os trabalhadores estão há mais de 5 anos sem reajuste nos salários, além de amargar o aumento da carga de trabalho em função da falta de concursos para preenchimento de cargos.
O movimento também é em defesa dos 10% do PIB para a Educação, piso de três salários, pelo reajuste dos auxílios Saúde e Alimentação, pelo reposicionamento da tabela dos aposentados, pela racionalização/reclassificação de cargos e por mais concursos e jornada de 30 horas semanais.
No MS, a UFGD já entrou em greve no dia 14 e na UFMS a categoria decidiu em assembleia paralisar somente depois das eleições para a Reitoria, que aconteceu neste dia 19. Com o fim do processo eleitoral, começa a greve da categoria.
Professor do comando de greve dos docentes participa da assembléia do SISTA/MS: movimento unificado
GREVE UNIFICADA
O movimento paredista neste ano na UFMS tem um contexto diferente de situações anteriores. É que os professores também decretaram greve e os estudantes decidiram se solidarizar com os trabalhadores e participam das manifestações e atividades dos servidores federais. No entendimento da representação do DCE, que coordena o movimento de solidariedade dos estudantes aos trabalhadores, a greve é da Educação e neste contexto está a categoria, motivo da existência das instituições de ensino.
O primeiro ato unificado do movimento acontece nesta quarta, a partir das 14h, no CCHS, onde está previsto um abraço de estudantes, técnicos e professores ao "paliteiro", símbolo da UFMS.