15 de Novembro de 2014 às 11:38

Trabalhadores da UFMS vestem a camisa contra o câncer de próstata

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Além da luta incessante por melhores condições de trabalho e salário, o SISTA também entra em campo pela saúde. Com o tema “Um toque pela vida e um drible no preconceito”, está em plena campanha dentro da UFMS o Novembro Azul, dedicada à saúde do homem, com ênfase a prevenção do câncer de próstata.

Para dar mais visibilidade à campanha, a coordenação do sindicato mandou confeccionar 400 camisetas da cor azul com o símbolo e as frases do movimento, que vem sendo desencadeado, sempre no mês de novembro, pelos trabalhadores em educação das universidades federais de todo o Brasil, por meio de sua federação representativa, que é a FASUBRA.



Esta é a segunda campanha que a atual direção do SISTA desenvolve desde que tomou posse em 1º de outubro passado. A primeira foi a Outubro Rosa, direcionada às mulheres para prevenção e cura do câncer de mama. A campanha enfatizou a necessidade da prevenção e do diagnóstico precoce como fatores determinantes para as mulheres vencerem a doença.



A maior parte das camisetas da campanha do Novembro Azul foi distribuída aos companheiros do Hospital Universitário, principalmente em função deles trabalharem diretamente na área da saúde. Um diferencial é a participação das mulheres, que vestiram literalmente a camiseta da campanha e está ajudando a conscientizar os homens da necessidade da prevenção do câncer de próstata.


 Novembro vem sendo desde 2008, quanto teve início a Campanha Novembro Azul, o mês dedicado a sensibilizar a sociedade, principalmente a parcela masculina, sobre os cuidados para prevenir o câncer de próstata. Para quem não sabe, a campanha é brasileira e começou inspirada na história do médico urologista Dr. Eric Roger Wroclawski, um incansável estudioso da saúde do homem.

De lá para cá a campanha, que tem o engajamento da FASUBRA Sindical, tem ajudado a alertar milhões de homens sobre os cuidados básicos para prevenir a doença. A necessidade de prevenção é comprovada segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), que aponta esse como o tipo mais comum de câncer entre os homens, tanto que para 2014 a previsão é de que surjam 69 mil novos casos da doença. É para incentivar os TAE que a FASUBRA passa a seguir, a dissertar sobre sintomas e tratamentos da doença.

A DOENÇA

A doença surge a partir da multiplicação desordenada das células da próstata, que em caso de doença fica rígida. Logo no começo, o câncer de próstata não tem sintomas, por isso em 95% dos casos, a doença só é detectada em estágio avançado. Assim, a recomendação é de que sejam feitos exames preventivos freqüentes. Homens com idade superior a 45 anos de idade (ou 40, se houver casos de câncer de próstata na família), devem procurar um urologista anualmente para realizar os exames preventivos.

Um desses exames é o toque retal. O exame é rápido e informa se a próstata apresenta algum tipo de alteração. Em caso de confirmação, o médico pode solicitar outros exames para confirmar o diagnóstico, como o PSA (Antígeno Prostático Específico), o ultrassom transretal e a biópsia da glândula, que consiste na retirada de fragmentos da próstata para análise. Só então é feito o diagnóstico. Mas o toque retal é considerado indispensável e não pode ser substituído pelo exame de sangue ou por qualquer outro exame, como o ultrassom, pois apenas a avaliação do tecido da próstata pode fornecer diagnóstico preciso. No Brasil, um dos maiores fatores que influenciam o tratamento da doença é o preconceito por parte dos homens sobre a forma que exame é realizado.

OS SINTOMAS

Os sintomas do câncer de próstata, quando já instalado são variados, sendo os mais comuns: sensação de que sua bexiga não se esvaziou completamente e ainda persiste a vontade de urinar; dificuldade de iniciar a passagem da urina; dificuldade de interromper o ato de urinar; urinar em gotas ou jatos sucessivos; necessidade de fazer força para manter o jato de urina; necessidade premente de urinar imediatamente; sensação de dor na parte baixa das costas ou na pélvis (abaixo dos testículos); problemas em conseguir ou manter a ereção; sangue na urina ou no esperma (esses são casos muito raros); dor durante a passagem da urina; dor quando ejacula; dor nos testículos; dor lombar, dor na bacia ou joelhos; sangramento pela uretra, e na fase avançada, dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

TRATAMENTO

O tratamento do câncer de próstata tem que ser feito de acordo com cada doente, considerando-se a idade, a forma de descrição do tumor (localização e exteriorização), o grau histológico, o tamanho da próstata, a possibilidade de o câncer estar etiologicamente (tem causas) relacionada a outras doenças, a expectativa de vida, os anseios do paciente e os recursos técnicos disponíveis. O câncer de próstata pode ser localizado (só na próstata), localmente avançado ou avançado (o câncer já se estendeu para além da próstata).

Em caso de detecção da doença, o tipo de tratamento depende do estágio do câncer em cada paciente. Assim, os procedimentos são diversificados. Se a doença já foi localizada na próstata, recomenda-se a vigilância ativa, ou seja, o acompanhamento clínico da doença. Mas esse método só é utilizado quando o tumor é pouco agressivo. Outra opção é a cirurgia radical (que pode ser aberta, laparoscópica e robótica) que é usada quando o câncer já está instalado na próstata. Há também a radioterapia, que pode ocorrer por meio de sementes implantadas na glândula e que têm a missão de matar as células cancerígenas.

Quando o câncer já está em estágio local avançado, ou seja, ultrapassou os limites da próstata, a solução é a cirurgia radical e a radioterapia. Agora se a doença já se espalhou e está presente em outros órgãos como ossos, gânglios e pulmões, o tratamento deve ser clínico com terapia a base de hormônio,  quimioterapia e drogas orais, que garantem melhoria da qualidade de vida do doente e elevam a expectativa de vida.

Como se pode observar, existem tratamentos para todas as fases da evolução do câncer de próstata. O que devemos alertar é que essa doença mata, é grave e precisa de diagnóstico precoce e certeiro para ser tratado. Por isso, você homem, cuide de sua saúde, procure um médico e descarte a doença. A sua vida vale mais que o preconceito.

Para saber mais sobre a doença, existem informações no site do Inca: www.inca.gov.br e no portal da Campanha Novembro Azul que em 2014 tem como mote a frase Um toque pela vida, um drible no preconceito. 



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