Na manhã de domingo, 06, em continuação ao Seminário Nacional dos Hospitais Universitários, os trabalhadores técnico-administrativos representando trabalhadores de todo o país, apresentaram depoimentos sobre a situação dos hospitais em que estão lotados. O evento aconteceu no Auditório3 da Faculdade de Ciências as Saúde da Universidade de Brasília. Foram relatos carregados de emoção e voz embargada, diante de problemas como contingenciamento ou falta de recursos, falta de materiais, insumos e medicamentos, e demora no repasse de recursos para obrigar as instituições que ainda não “aderiram” à EBSERH.
Ainda, estão acontecendo fechamento de setores de referências para o SUS, tais como: transplantes e cirurgias de alta complexidade, além de setores que realizam todo tipo de exames. Em Uberlândia – MG o Hospital de Clínicas corre o risco de fechar as portas.
A situação de precariedade entristece os trabalhadores da saúde que acompanham o dia a dia de sofrimento dos pacientes pela impossibilidade de assistência de qualidade. A falta também de concurso público e a prática de assédio moral, entre outros.
A pressão para que as universidades aprovassem a adesão à EBSERH, foi arbitrária em todas as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e, um desses exemplos mais recentes aconteceu em Santa Catarina –SC, em que o Reitor levou o conselho universitário a realizar votação a favor da empresa dentro do quartel da polícia militar. A indignação dos trabalhadores técnico-administrativos e da comunidade universitária expressou a falta de democracia diante do fato, em que, segundo os trabalhadores nem no período de ditadura militar ocorreu algo parecido.
(Fonte: Fasubra)