Em meio às denúncias apresentadas pelos delatores do grupo JBS, o presidente, ilegítimo Michel Temer (PMDB-SP), foi para o tudo ou nada! Reafirmou, em nota oficial, na última quinta-feira, 18, sua permanência à frente da Presidência da República. A tática do governo é seguir com as reformas e apostar no equilíbrio da economia. Este dois elementos dariam estabilidade para que Temer se mantenha até o final do seu mandato, para atender o mercado e cumprindo a agenda de ataques aos trabalhadores na retiradas de direitos.
Porém o cenário não está nada favorável ao governo. Além dos movimentos de massa que aumentam cada vez mais nas ruas e a pressão por parte da mídia, Temer tem de controlar o esvaziamento da base aliada, que já nota o desgaste do governo frente à opinião pública.
OAB solicita impeachment
Diversos movimentos sociais, diante da crise institucional, também tem se posicionado neste momento pelo impeachment. Exemplo disto, foi a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Nacional), que se reuniu no último sábado, dia 20, e deliberou entrar com o pedido de impeachment de Temer, baseado em crime de responsabilidade, junto à Câmara dos Deputados.
Além disso, Temer enfrenta o processo de cassação da chapa que tem seu julgamento agendado para 6 de junho, que pode pôr fim ao seu mandato.
Pauta trancada
Com a pauta lotada, o congresso segue em ritmo de espera dos próximos acontecimentos. A crise político-institucional tranca toda a pauta que notoriamente é contrária aos trabalhadores, que nas ruas já gritam pelo Fora Temer e pelas Diretas Já! Neste cenário a oposição se movimenta apresentando os pedidos de impeachment de Temer e tenta barrar as votações das reformas, enquanto não se apurar as graves denúncias contra o governo.
Centrais sindicais
Por outro lado, as centrais sindicais têm mobilizado os trabalhadores nos atos de rua neste último período, ganhando mais força, e apontado nova ofensiva com as denúncias que enfraqueceram o governo. Na última reunião realizada em São Paulo na sexta, dia 19, definiu-se a participação nos atos de domingo, 21, pelo país, pelo Fora Temer e por eleições diretas.
Pressão nas ruas
Mesmo com o anúncio dos relatores de suspensão do andamento das reformas da Previdência e Trabalhista, é necessário pressionar o congresso por uma nova agenda. Isto significa fazer muita pressão nas ruas, nos estados e na capital federal. A expectativa é de mobilizar mais 80 mil pessoas na próxima quarta-feira, 24, para que os deputados retirem definitivamente da pauta estas reformas.
#OCUPA BRASÍLIA
É insustentável a situação deste governo, a crise institucional já demonstra o seu desgaste. Nesta conjuntura temos que ocupar as ruas e preparar a contra ofensiva. A marcha do dia 24 é decisiva para derrotar a política do governo e avançar para o Fora Temer e Diretas Já.
Reafirmamos a orientação às entidades de base no dia 24 de paralisar as atividades, juntar-se às demais mobilizações de rua que ocorrerão em todos os estados, e organizar as caravanas para o Ato OCUPA BRASÍLIA. Orientamos que os sindicatos disponibilizem aos caravaneiros kits de proteção individual para a marcha.
Brasília sitiada
O governo demonstra medo diante das mobilizações de rua na capital, reforçando a segurança e cercando o Congresso Nacional. O aparato policial está a postos para reprimir as manifestações na quarta-feira. Baseado nas últimas manifestações no final de 2016, sabemos que a repressão policial pode ser violenta, porém, nada pode parar o clamor das ruas.
Neste momento, o que está em disputa não é apenas barrar as reformas, mas a queda de um governo ilegítimo. Isto significa que temos uma nova tarefa pela frente, não deixar que o parlamento sem legitimidade decida sobre o futuro da nação, realizando as eleições indiretas! Não basta derrotar Temer e sua política, temos que tomar em nossas mãos as decisões do país para os próximos períodos!
NENHUM DIREITO A MENOS! FORA TEMER!
Direção Nacional FASUBRA Sindical
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