20 de Março de 2020 às 13:39

UFMS adota 100% de teletrabalho para servidores para evitar o contágio com o COVID-19

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Na manhã desta quinta-feira, 19 de março de 2020, o Comitê Operativo de Emergência se reuniu para discutir novas ações do Plano de Contingência da UFMS, que atingirão diretamente o cenário educacional em Campo Grande e nos nove municípios em que a UFMS atua.

Dois cenários foram apresentados para discussão, por recomendação da Reitoria da UFMS:

  • Suspender totalmente o Calendário Acadêmico 2020 com o fechamento das Unidades da Universidade até controle da pandemia; ou

  • Manter a ação já iniciada na UFMS, em caráter excepcional, de substituição das disciplinas presenciais, em andamento, por aulas que utilizem meios e Tecnologias de Informação e Comunicação, nos termos estabelecidos pela legislação em vigor;


Em qualquer cenário, a recomendação única da Reitoria foi:

  • conceder, pelo prazo inicial de 30 dias, a modalidade de teletrabalho já em vigor, para todos os servidores (técnicos e professores) no âmbito da UFMS, mantendo as atividades essenciais e emergenciais em escala e de forma presencial.


A recomendação unânime do COE/UFMS foi por manter a Universidade ativa, trazendo contribuições à sociedade para o enfrentamento da doença, com a decisão pelo teletrabalho de docentes e técnicos utilizando as Tecnologias da Informação e Comunicação.

Além disso, também ficou decidido que a Universidade assumirá a vanguarda no que diz respeito a capacitação, pesquisa e desenvolvimento de produtos e ações imprescindíveis para o enfrentamento da Covid-19. “Neste momento, nossas universidades são chamadas para serem protagonistas deste processo, temos a excelência de pesquisadores na área de saúde, somos capazes de gerar conhecimento científico e de inovação para o enfrentamento de soluções para a área de saúde, economia e sobrevivência do ser humano”, afirmou o reitor.

Segundo Turine, a recomendação única está decidida e foi publicada na data de hoje: 100% dos servidores deverão ficar em suas residências, sendo obrigatório o preenchimento do Termo de Ciência e Responsabilidade para descrever as atividades e metas a serem desenvolvidas durante o mês. Neste sentido, a Universidade soma-se ao esforço coletivo que toda a sociedade brasileira deve imediatamente assumir no sentido de refrear, ao máximo, o avanço da contaminação por coronavírus, reduzindo a mobilidade de toda sua comunidade, contribuindo para a conservação da capacidade de atendimento dos sistemas público e privado de saúde e adotando medida preventiva para seus servidores.

No tocante aos dois cenários, a avaliação foi feita sob a ótica da gestão de riscos. Tais ações são fundamentais para a manutenção de nossa saúde ao longo dessa quarentena, com muita confiança, serenidade e solidariedade.

A suspensão do calendário acadêmico por 30 dias, até o dia 17 de abril (cenário número 1), implicaria na interrupção imediata de todas as atividades de ensino, pesquisa, extensão e inovação, o que prejudicaria, por exemplo, editais de monitoria, extensão e assistência estudantil, incluindo pagamentos de quaisquer auxílios necessários para sobrevivência de muitos de nossos estudantes, acarretaria ainda na suspensão de período de férias e atraso na conclusão de curso, e em caso extremo, somado ao decreto de calamidade pública em nível nacional, poderia acarretar impacto financeiro aos servidores da UFMS.

A substituição das atividades presenciais, como já tem sido realizada, observando-se os normativos legais e as especificidades de cada curso, possui a vantagem de manter as ações de incentivo ao ensino, pesquisa e extensão, os auxílios e bolsas de graduação e de pós-graduação, contribuindo para minimização de prejuízos em um contexto que não se sabe precisar a duração da situação, e acima de tudo contribui para que os estudantes estejam ativos e focados no estudo em um momento em que eles devem permanecer em suas residências. Isso é contribuir para a saúde pública e saúde mental coletiva.

Até o momento, a manutenção do calendário letivo com alteração da forma de ministrar o conteúdo programático das disciplinas remotas tem atendido em sua maioria, simultaneamente, os interesses dos professores, técnicos e estudantes, não havendo recomendação contrária pelo COE/UFMS. As tecnologias de informação e comunicação, além do trabalho remoto estão sendo tendências mundiais do combate à Covid-19, como vem sendo realizadas em universidades referências mundiais, como Harvard (https://www.harvard.edu/coronavirus, acesso em 18/3/2020) e MIT (https://covid19.mit.edu/), acesso em 18/3/2020).

A UFMS tem um histórico do uso de novas tecnologias na educação. Desde 2017, foi criada a Secretaria Especial de Educação a Distância (Sead) para contribuir com a formação docente em novas tecnologias, metodologias ativas e Educação a Distância. A experiência com os recursos das TICs está em crescimento na Universidade, com um aumento da abertura de turmas nas plataformas. Segundo o secretário da Sead, Hércules Sandin, de domingo até ontem houve um aumento de 68% nas turmas de graduação, “mostrando que nosso time de professores está consciente das responsabilidades com o nosso país. Capacitações têm sido realizadas e fluxos simples são compartilhados de modo que os professores têm contado com o apoio institucional”.

“O caráter dúplice de qualquer decisão a ser tomada demonstra sua complexidade, mas diante do caráter de excepcionalidade que vivenciamos e os riscos à nossa comunidade, precisamos de uma posição técnica do COE/UFMS para estarmos respaldados adequadamente”, explicou o reitor Marcelo Turine. Todas as decisões são tomadas com base na análise de tal corpo técnico.

“A modalidade de teletrabalho e a substituição das aulas presenciais por remotas é uma contribuição da Universidade para o enfrentamento da doença. Todos estamos alarmados com o avanço da doença. Precisamos decidir tendo como premissa o cuidado com a saúde de todos e avaliar tecnicamente os efeitos de uma decisão que pode impactar na saúde pública, em alteração total do calendário, período de férias, colações de grau, atraso nas pesquisas científicas e tecnológicas, e outros impactos diversos que toda nossa comunidade poderá sentir a partir de um cenário que pode ser o do caos”.

FONTE: Assessoria de Imprensa - UFMS
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