XXII CONFASUBRA: Votações "esquentam" congresso e testam o poder das forças políticas

Além das discussões que envolvem o cotidiano da luta dos trabalhadores nas universidades públicas brasileiras, o CONFASUBRA é dominado pela disputa política. Grupos organizados ligados a partidos se destacam nas articulações e na presença dentro do evento, com cada um buscando mostrar que tem o melhor encaminhamento das lutas dos trabalhadores.
Na manhã desta quarta-feira (7) aconteceu o primeiro teste das forças políticas, com a votação de recursos contra e a favor de delegados eleitos fora do que foi estabelecido pelo regimento interno do congresso. A votação "esquentou" o clima no congresso, evidenciando quem tem mais votos para influenciar também na eleição da direção nacional da FASUBRA, que é realizada sempre no último dia do congresso, no caso 8 de maio.
A principal derrota verificada neste primeiro dia de votação no congresso foi atribuída a corrente política denominada Tribo, ligada a CUT, ao PT e ao governo federal. A delegação de MS - que inclui o sindicato da UFGD - votou dividida, mas com ligeira vantagem a quem votou contra a proposta defendida pelo grupo cutista.
O resultado da votação foi de 635 votos contra a introdução de delegados de forma irregular e 527 a favor, registrando-se também três abstenções. Este placar praticamente define quem vai ter espaço majoritário na direção nacional da FASUBRA, que serão as forças políticas de esquerda e de oposição ao governo.
Depois das votações na manhã desta quarta-feira será iniciado, de fato, as discussões do congresso nacional da categoria, que vai definir mesas de interesse (mulheres, negros, aposentados, diversidade, etc) que elaboram propostas para serem apreciadas e votadas nas plenárias.