14 de Maio de 2024 às 18:32

SISTA-MS: 60 DIAS EM GREVE E NADA A COMEMORAR

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Há exatos 60 dias, os(as) Servidores(as) Públicos(as) Federais das Universidades Brasileiras entravam em greve, tendo como bandeira de lutas e Eixo Principal a Reestruturação da Carreira e a Recomposição Salarial. Parece que já são muitos dias paralisados, mas se levarmos em conta os números das greves anteriores, é possível de se analisar por uma dinâmica diferenciada colocada aos trabalhadores da base da FASUBRA, e ao Governo que se nega em atender nossas reivindicações.

Quando deflagramos a greve, já sabíamos que a conjuntura para o seu desenvolvimento não seria fácil. O Governo eleito e empossado pela grande massa de trabalhadores(as) brasileiros(as), optou por aceitar as imposições do Congresso Nacional, empresariado e setores conservadores, que pouco ou nada fazem para nossa população que mais necessita da participação do Estado. Fato comprovado pela aprovação do Arcabouço Fiscal que só favorece a uma casta de nossa sociedade, retendo e limitando os recursos que poderiam estar sendo aplicados em setores essenciais do Brasil como saúde e educação.

Apesar das dificuldades, em nenhum momento desistimos de fazer a luta e sairmos vitoriosos(as), de sermos reconhecidos e valorizados(as) na forma salarial, Carreira com percentuais adequados ao nosso trabalho, e nossas progressões reconhecidas por dentro das universidades.

Aqui na UFMS não foi diferente, tivemos que em primeiro lugar recorrer aos gestores(as) para que reconhecessem nossa greve. Procuramos apoios em nossos(as) parlamentares, Entidades representativas dos Reitores, e que não se aplicasse qualquer forma de punição de imediato aos trabalhadores(as), mesmo sobre a égide da Instrução Normativa 49, deixando que esse tema seja discutido e pactuado assim que se encerrar a greve, o que nos levou ao patamar de termos nossas assembleias lotadas por trabalhadores(as) que confiaram na nossa luta.

No quesito técnico conseguimos avançar bastante, mas politicamente ainda estamos engatinhando. Fomos para uma mesa de negociação no dia 19 de abril imaginando que poderíamos estar avançando na concretização de nossas propostas, mas o governo optou por não apresentar uma proposta sem constar nada de concreto financeiramente na parte salarial para o ano de 2024, garantindo somente 9% em 2025, e 3,5% em 2026. Isso trouxe para a categoria a indignação e a coragem para continuar em greve.

Alguns pontos de nossa proposta foram aceitos pelo Governo como: a lateralidade da tabela salarial, manutenção dos 5 Níveis de Classificação, mesmos de Incentivo de Qualificação, diminuição do Interstício de 18 para 12 meses, além de percentuais entre as classes tendo como base a Classe E, e deixando em aberto a discussão sobre o RSC – Reconhecimento de Saberes e Competência.

Apesar de analisarmos como um pequeno avanço, ainda é insuficiente a proposta apresentada aos Técnicos(as) Administrativos. Precisamos colocar na pauta o reconhecimento por parte do Governo Federal que somos mais 240 mil Servidores(as) na base das Universidades e Institutos Federais, entre ativos(as) e aposentados(as). Somos 25% de todo o Serviço Público do Executivo, mas com a menor malha salarial comparando com os valores apresentados pelo Governo nas negociações com outras categorias, que nem necessitaram entrar em greve que.

Fechar esses acordos com categorias distintas e elitizadas, nos colocou numa situação muito mais constrangedora, por que foi por dentro das Universidades que criamos e mantivemos os comitês de resistência no Governo anterior, que julgava as IFEs como locais de balburdia, interferindo diretamente nas suas gestões, indicando interventores para as Reitorias. Resistimos a tudo isso e conseguimos manter minimamente a democracia para nosso País.

Recuar? Nem um pouco! Como sempre pautamos no movimento sindical: O mais difícil para nós era a construção da greve, e conseguimos. Ressaltamos que a deflagração da greve foi nosso último recurso como forma de enfrentamento, pois após a reunião do Governo com nossa categoria no mês de março, selou por vez que só na luta teríamos avanços nas negociações.

Agora, para que qualquer proposta de saída da greve possa ser apresentada e discutida nas nossas assembleias, somente com a apresentação de uma proposta digna e condizente por parte do Governo, e que essa proposta nos traga tranquilidade por um período de tempo, e estabilização em nossa carreira.

Aos companheir@s lotados(as) no Campus de Campo Grande e de todo interior de Mato Grosso do Sul, nosso sincero agradecimento por acreditar que sempre será possível construir a luta dos(as) trabalhadores(as) nos mantendo unidos. Foco na nossa luta que a vitória é certa!

#Lutar, Sempre!
#Vencer, Talvez!
#Desistir, JAMAIS!!!

Comando Local de Greve

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14 de Dezembro de 2023 às 19:06
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